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Mercado DeFi é alternativa para 68% dos brasileiros insatisfeitos com bancos

Defi 68%

Quase sete (68%) em cada dez brasileiros consideram mudar de banco para uma instituição com atendimento mais consistente e eficiente, revela um estudo feito pela Infobip, plataforma global de comunicação na nuvem, em parceria com a consultoria Frost & Sullivan.

A pesquisa de “Experiência do cliente no setor financeiro” foi realizada com o objetivo de compreender como o processo de digitalização da comunicação transformou as tomadas de decisões dos clientes do mercado financeiro. 

No geral, seis em cada dez clientes mudariam para um banco que oferece uma experiência de interações mais contínuas. Consumidores estão quinze vezes mais propensos a migrar de banco por não acreditarem nos protocolos de concessão de crédito de suas instituições.

Sabendo disso, o Cointimes preparou um artigo exemplificando 5 situações em que você não precisará de um banco para resolver seus problemas financeiros.

5 exemplos do que o mercado Defi pode fazer 

DeFi vem do inglês, decentralized finance, ou em bom português, finanças descentralizadas. A ideia consiste em prover serviços financeiros, até então restritos às grandes instituições financeiras, para qualquer pessoa, sem precisar pedir a permissão de bancos, de maneira transparente e 24 horas por dia.

Com essas inovações, poderá não ser mais necessário lidar com a insatisfação do atendimento bancário e negação de serviços.

Empréstimos

Já imaginou fazer o financiamento do carro sem precisar pegar fila no banco, nem olhar pra cara feia do gerente? Estes primeiros protocolos Defi que vamos apresentar possibilitam que você consiga um empréstimo com toda a segurança da tecnologia blockchain. 

AAVE e Compound são conhecidos projetos financeiros descentralizados que têm como foco a concessão de empréstimos com criptomoedas. Toda negociação é registrada em um smart contract na blockchain da Ethereum, e ele só é executado quando todas as condições acordadas forem atendidas. 

Aave e Compound criam pools de liquidez, que nada mais são do que os agentes superavitários em um sistema financeiro comum, ou seja, pessoas que têm dinheiro parado e querem emprestar a alguém ganhando como recompensa os juros. Desta forma, esses protocolos conseguem fundos para operacionalizar empréstimos. 

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Corretagem descentralizada – DEXs

As corretoras descentralizadas, as DEXs, desenvolvidas na Ethereum, oferecem aos investidores um sistema de negociação transparente e baseado em blockchain, com menos exigências de identificação (KYC), mas com precificação bem mais estável, melhor experiência e interface para usuários (UX/UI) e uma experiência de negociação bem menos frustrante.

Parte disso foi feito por meio do uso de pools compartilhados de liquidez e modelos algorítmicos de precificação. Uniswap, SushiSwap, Curve e 0x totalizam mais de 90% de todo o volume negociado em DEXs.

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Seguros

Para o nascente e pulsante mercado de criptomoedas, no qual se preconiza que o indivíduo será seu próprio banco e, portanto, arcará com todas as decisões e erros cometidos, não há um Fundo Garantidor de Crédito, naturalmente.

Mas o mercado DeFi, que concentra os maiores volumes de negociação e inovação no mercado de criptoativos, tratou de sair na frente e criar dois negócios inovadores para atender essa demanda.

A Nexus Mutual é um protocolo de seguros descentralizados construído no Ethereum, que atualmente oferece cobertura para contratos inteligentes em blockchain.

A Nexus Mutual inclui cobertura contra falhas de contratos inteligentes, que protege contra possíveis bugs no código executado e perdas financeiras que podem ser incorridas devido a hacks ou explorações no código do contrato inteligente.

Após uma falha no contrato inteligente, será realizado um processo de Avaliação de Sinistros que será avaliado pelos Assessores de Sinistros. Uma vez aprovado, o Valor de Cobertura será pago ao segurado.

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Garantia

Maker Protocol (MKR) é uma aplicação descentralizada que opera no blockchain da Ethereum. Gerido pela própria comunidade, o protocolo permite a concessão e a tomada de empréstimos por meio da stablecoin lastreada em dólar DAI (DAI).

Com uma tacada só, o protocolo acertou dois buracos. Ele permite empréstimos em DAI e também lastreia o token em dólar, moeda dominante no sistema financeiro tradicional. Comumente usado por investidores que querem se proteger da volatilidade das criptomoedas. 

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Derivativos

Um derivado é um contrato financeiro entre duas ou mais partes com base no preço futuro de um ativo subjacente. Os derivativos são geralmente usados ​​para se proteger de riscos ou especular sobre o preço do ativo subjacente em caso de mudanças.

Synthetix é um protocolo baseado no Ethereum que abre enormes possibilidades para o mercado trilionário de derivativos, mas utilizando as finanças descentralizadas ou DeFi. Ele foi lançado em 2017 com o nome de Havven (HAV), mas após um ano foi renomeado para Synthetix 

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Conclusão

Segundo Caio Borges, head de vendas da Infobip no Brasil, “A instituição financeira que conseguir oferecer uma melhor experiência para o cliente mais jovem aqui no Brasil, provavelmente terá mais possibilidade de fidelizá-lo no longo prazo, quando seu poder aquisitivo for maior”.

No entanto, se os bancos continuarem deixando os clientes insatisfeitos, os protocolos Defi podem absorver mais de 68% de seus clientes. 

Mas qual a sua opinião sobre a qualidade dos serviços bancários e as alternativas em blockchain? Deixe um comentário logo abaixo da publicação.

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