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Novos passos da gestora brasileira de ativos no mercado de criptomoedas

gestoras de ativos brasileira

A Giant Steps, gestora de recursos especializada em estratégias quantitativas, começa a captar nesta semana uma carteira dedicada a criptoativos. Assim, ela vai ampliar a lista de alternativas disponíveis no mercado nacional, num segmento que cada vez mais desperta interesse dos investidores mais conservadores. 

Na B3, os cinco fundos de índice (ETF) negociados, ligados ao universo cripto estão fazendo sucesso. Pois, enquanto 80% dos 10 maiores fundos do Brasil resultaram em perdas para os investidores, o melhor desempenho até agora foi entregue pelos ETFs de Bitcoin. 

Proteção contra a inflação

Em abril, a Hashdex levantou R$ 615 milhões para o primeiro EFT de cripto. Surpreendentemente, a carteira já reúne um patrimônio de R$ 2,5 bilhões. A gestora também listou um ETF focado no ethereum e um de bitcoin “verde”, com a proposta de neutralizar o alto consumo de emissões de carbono ligado à mineração de bitcoin

A QR Asset tem um ETF 100% atrelado ao bitcoin e também uma versão ecológica, em que 0,15% dos seus ativos líquidos são investidos em créditos de carbono e tecnologias sustentáveis.

Todos estes passivos têm como objetivo acompanhar algum índice no mercado. Entretanto, a proposta da Giant é fazer gestão ativa valendo-se dos algoritmos que construiu num multimercado que vai operar contratos futuros de bitcoin e de ethereum na bolsa de Chicago. 

De acordo com Flavio Terni, sócio da asset, a carteira foi programada para calibrar a exposição conforme a tendência, entre 60% e 120%. “A nossa cabeça foi criar um fundo que desse a exposição ao mercado de cripto, que possa render nos momentos de alta, mas proteger o investidor na hora das quedas.”

“Muitos investidores estão vendo os ETFs como hedge de inflação. O que antes era visto como algo de ‘nerd’, ou que atraía especulador, hoje atrai gente que busca diversificar seu hedge inflacionário”

,diz Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset em matéria para O Valor.

Antes do lançamento dos ETFs neste ano, a QR já tinha fundos ligados a criptomoedas, voltados para o investidor qualificado. Com os fundos de índice, disse Ludolf, houve uma maior democratização do acesso ao universo cripto. Com isso, a gestora, que tinha cerca de cinco mil cotistas, passou a 80 mil.

Para Bruno Ramos de Sousa, diretor jurídico e de compliance da Hashdex, 2021 pode ser visto como um “ponto de virada” para o mercado de criptoativos. “Hoje o mercado tradicional vê que as criptomoedas vieram para ficar e os produtos passaram a atrair investidores que antes tinham certo receio.”

No Brasil, cinco fundos têm exposição de 100% a diferentes criptoativos além do bitcoin, das gestoras BLP Asset, QR Asset Management, Hashdex , Vitreo, XP e Rico.

Os fundos de investimento em criptoativos citados, entretanto, são custodiados no exterior e, portanto, disponíveis apenas para investidores qualificados – aqueles com pelo menos 1 milhão de reais investidos ou que tenham certificação da CVM.

Investidores que não são qualificados só podem investir em fundos com no máximo 20% de exposição a ativos no exterior e, apesar de existirem diversos fundos de investimento em criptoativos voltados para esse público, as rentabilidades são menores, já que os outros 80% do patrimônio são alocados, geralmente, em produtos de renda fixa ou outros ativos que não tiveram a mesma performance do setor de criptomoedas.

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