IBM acaba de dar um grande passo à frente em relação às atuais tecnologias de componentes computacionais. Isso pode impactar positivamente a mineração de bitcoin e criptomoedas. A empresa lançou o primeiro chip de 2 nanômetros e diz que comprimiu 50 bilhões de transistores nesse chip do tamanho de uma unha.
Semicondutores são importantes para computadores, eletrodomésticos, dispositivos de comunicação, sistemas de transporte e também na mineração de bitcoins. O Cointimes te explica.
O diferencial do novo chip da IBM
A tecnologia do novo chip de 2 nm da IBM ajuda a evoluir o atual conhecimento da indústria de semicondutores. Além disso, ela traz mais desempenho e eficiência de energia para a crescente demanda desses componentes.
Em 2018, a GMO Internet Grop também havia feito um upgrade nesses componentes para beneficiar a demanda específica de placas para mineração de criptoativos. Com o chip de 7 nm, dizia o Matoshi Kumagai presidente da GMO, já era possível reduzir o consumo de energia em comparação com as máquinas de mineração existentes com o mesmo desempenho e atingir um desempenho computacional de 10TH/s por chip. Ou seja, cada placa era capaz de minerar a uma projeção de 8 terahashes por segundo ou mais com um consumo de energia de apenas 300 watts.
Agora, a IBM acredita que esses novos chips têm muito potencial. Eles podem quadruplicar a vida da bateria do celular, reduzir a pegada de carbono dos data centers, acelerar drasticamente o desempenho de laptops e contribuir para uma detecção mais rápida de objetos e tempo de reação em veículos autônomos.
Como um chip de 2 nm impacta na mineração de criptomoedas
O design e arquitetura dos chips vai ajudar os fabricantes de processadores a fornecer um aumento de desempenho de 45% com a mesma quantidade de energia dos atuais chips de 7 nm. Ou melhor, 75% de economia de energia usando os mesmos níveis de energia, de acordo com a IBM.
Nós sabemos que para a verificações de transação no blockchain, uma grande quantidade de equipamentos estão ligados 24 horas por dia consumindo milhares de Kw de energia. O minerador que conseguir anexar novas transações nos blocos da rede recebe como recompensa: as taxas de transação e os novos bitcoins criados naquele momento. O custo elétrico acaba sendo grande neste processo. Então, quanto mais barato for, mais atrativo fica a competição pela mineração dos blocos.
Para compreensão, nós preparamos um texto mais detalhado sobre o processo de mineração do bitcoin.
As máquinas que mineram criptomoedas pelo mundo utilizam chips de 7 nm para o seu funcionamento. Atualmente o mercado é dominado pelas mineradoras ASIC (Circuitos Integrados de Aplicação Específica) desenvolvidas especialmente para este trabalho. Entretanto, por hora não temos como saber se os novos chips também serão usados para melhorar o desempenho dessas máquinas, provavelmente sim.
Contudo, sabemos que muitas criptomoedas utilizam mineração por CPU, elas seriam extremamente beneficiadas com o novo chip de 2 nm da IBM.