Ontem (05/10), às Polícias Federal e Civil de São Paulo deflagraram a Operação Fractal, que combate um esquema bilionário de remessa de dinheiro ilícito ao exterior.
Segundo a Agência Brasil, “a fraude consiste em um complexo esquema de rede de empresas fantasmas cujo objetivo é ocultar ou dissimular a origem ilícita de valores creditados em suas contas bancárias, que posteriormente são repassados a terceiros, principalmente a empresas operadoras de câmbio e de criptomoedas”.
O dinheiro passava por diversas empresas que lidam com negócios muito distintos entre si, tais como música, eventos, serviços odontológicos e lavanderia, por exemplo. Toda essa diversidade levantou suspeitas quanto à idoneidade das atividades.
Foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão contra os suspeitos.
Quem tentava se beneficiar?
O crime organizado, como facções criminosas, contrabandistas de importados, sonegadores, entre outros.
Qual era o esquema?
A Receita Federal identificou que os repasses de dinheiro sonegado começaram entre empresas de fachada (“noteiras”) e operadoras de turismo. Na sequência, esse dinheiro era encaminhado para o setor de importação e exportação, e só depois chegava às casas de câmbio que faziam operações com criptomoedas.
As empresas de importação e exportação merecem um capítulo à parte nessa história, pois a Receita identificou que elas não tinham qualquer materialidade de sua existência, mas recebiam depósitos em espécie, de forma fracionada e os valores que chegavam vinham de várias origens (padarias, mercadinhos, atacadistas) e locais no país.
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