Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), Safiri Felix, o valor recorde de R$ 94 mil registrado pelo bitcoin no país nesta terça-feira (17) “não é uma surpresa, já que o mercado segue rumo às máximas históricas, em continuidade ao viés de alta aberto desde as mínimas do ano, que ocorreram em março”.
De acordo com dados do Coingolive, o Bitcoin está com uma capitalização de mercado de US$ 327,9 bilhões. A métrica calcula o preço atual pela oferta já minerada de bitcoins. Se a cotação continuar a subir, a criptomoeda logo superará sua alta histórica de US$ 335 bilhões de capitalização de mercado.
“O próximo marco importante para o bitcoin é a marca de US$ 1 trilhão de dólares de valor de mercado, que, dependendo do fluxo comprador, pode ocorrer em 2021”, estima Felix.
A previsão de Safiri vai de encontro com a estimativa do pseudônimo Plan B, responsável pela análise baseada no modelo de taxa de escassez (S2F).
“As pessoas me perguntam de onde viria todo o dinheiro necessário para o valor de mercado do bitcoin de US$ 1 trilhão?
Minha resposta: prata, ouro, países com taxa de juros negativa (Europa, Japão, EUA em breve), países com governos predatórios (Venezuela, China, Irã, Turquia etc.), bilionários e milionários se protegendo contra flexibilização quantitativa (QE) e investidores institucionais descobrindo o ativo de melhor desempenho dos últimos 10 anos.”, escreveu Plan B em um artigo de março de 2019.
Em um relatório mais recente, a Ark Investment Management, famosa por ter acertado uma otimista análise das ações da Tesla, previu que o mercado de bitcoin iria alcançar o valor total de 1 a 5 trilhões de dólares em menos de 10 anos.
Já Adam Back, desenvolvedor e CEO da Blockstream, considera essa previsão conservadora. “Eu diria que o bitcoin provavelmente terá uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão em 2 anos, provavelmente antes. US$ 1 trilhão [resulta em um preço de] cerca de US$50.000.”, tuitou ele.