O parlamento britânico rejeitou pela terceira vez o acordo do Brexit que está sendo negociado com a União Européia pela Theresa May. O resultado da votação foi de 386 votos a contra e 286 a favor.
May chegou a prometer a membros do Partido Conservador, que deixaria o cargo caso o acordo fosse aprovado. Dessa forma, um sucessor poderia continuar a negociar as relações futuras entre União Europeia e Reino Unido. Mas a concessão não foi suficiente para que o acordo saísse, ela apenas conseguiu reduzir a margem da derrota em relação às duas votações anteriores.
Com a nova rejeição, o Reino Unido terá até o dia 12 de abril para pedir um adiamento maior do Brexit ou sair sem nenhum tipo de acordo, o segundo cenário é o menos desejado, porque traria um colapso econômico a curto prazo, visto que o Reino Unido ainda não se preparou para esse cenário.
“As implicações desta decisão da Câmara [dos deputados] são graves”, diz May em discurso no Parlamento após a divulgação do resultado. “
A União Europeia foi clara de que qualquer novo adiamento precisará ter um claro propósito e terá que ser aceito por unanimidade pelos líderes dos outros 27 Estados-membros antes de 12 de abril”, prosseguiu May, acrescentando que uma prorrogação mais longa exigirá que o Reino Unido participe das eleições ao Parlamento Europeu, que serão realizadas no fim de maio.
Com a terceira derrota de May, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou uma reunião com os líderes dos países europeus para o dia 10 de abril.
“Não há tempo suficiente para negociar e ratificar um acordo… Temo que estamos chegando ao limite deste processo”, disse a premiê. “Este governo continuará a trabalhar pelo Brexit ordenado que o resultado do plebiscito pediu”, insistiu May em meio a pedidos da oposição para a convocação de eleições gerais no país.
