O escritor e filósofo governista Olavo de Carvalho, declarou que teve sua conta encerrada no PayPal. As acusações são de que Olavo propagava discurso de ódio e fake news nas redes sociais, indo contra os termos de uso da plataforma.
Olavo de Carvalho é censurado pelo PayPal?
Na sua versão, porém, Olavo culpa o fechamento da sua conta por pressão dos comunistas em cima da plataforma.
Olavo recebia doações de seus seguidores e vendia cursos usando a facilitadora de pagamentos. Contudo, devido a uma recente campanha feita pelo perfil Sleeping Giants Brasil, aparentemente o Paypal se viu pressionado e acabou fechando a conta do escritor.
A Sleeping Giants é uma organização de esquerda que surgiu nos Estados Unidos e tem como objetivo usar a pressão das redes sociais para retirar o financiamento de canais conservadores, liberais e jornalistas independentes. É uma espécie de cyberbullying financeiro e politicamente correto, aceito pelos meios de comunicação mainstream.
Segundo reportagem d’OGlobo, a Sleeping Giants já mobilizou 462 empresas contra portais ditos de “fake news”.
Mesmo após retirar o Paypal, a Sleeping Giants Brasil continua pedindo que o PagSeguro também cancele a conta de Olavo de Carvalho, em uma forma de estrangular financeiramente seu opositor político.
Oii @UOL, tudo bem? O seu parceiro de grupo, @pagseguro, está lucrando com esse discurso: "Jornalista é o maior inimigo do povo". Vocês concordam com isso? ✊🏽 #SleepingGiantsBR https://t.co/NLSy1cDWUu
— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) July 22, 2020
Perseguição financeira, como o bitcoin pode ser uma opção?
A tese de censura não é algo distante da realidade, no começo do ano passado o CEO do PayPal admitiu uma inclinação contra os conservadores ao revelar que consultava a organização de esquerda Southern Poverty Law Centre, conhecida por colocar conservadores em “lista negra”.
O PayPal, por sua vez, é conhecido por negar serviços financeiros a conservadores sob o disfarce de que eles vão contra os “valores corporativos da companhia”. No entanto, para as pessoas vítimas de censura financeira, geralmente sobra apenas o que não se pode parar, tecnologias descentralizadas.
Por não precisar de autorização de ninguém para criar uma carteira de criptomoeda e começar a receber dinheiro pela internet, muitos recorrem ao Bitcoin como a alternativa mais segura e livre de censura e cancelamentos digitais.
Foi o caso de Julian Assange, jornalista ativista e fundador do Wikileaks, um site que vazava dados sigilosos a fim de denunciar crimes do governo. E ao ter sua conta no PayPal bloqueada, passou a aceitar Bitcoin para doações. Isso aconteceu em 2010, quando o bitcoin era mais barato, e o site arrecadou cerca de 4025 bitcoins, fazendo com que Assange acabasse agradecendo pela censura.
Apesar de não ser conservador, o trabalho de Assange acabou por beneficiar Donald Trump nas eleições de 2016. E ele é um grande exemplo de como Bitcoin pode proporcionar liberdade financeira para vítimas de censura e perseguição online.
Mas fora isso, existem alternativas mais tradicionais para quem está acostumado com o modelo do Patreon ou Apoia-se. Jordan Peterson, um professor canadense que ficou conhecido por lutar contra o politicamente correto, ao perceber as dificuldades que conservadores tinham com plataformas de crowdfunding, prometeu uma plataforma que preze pela liberdade de expressão.
A plataforma se chamará Thinkspot e promete um ambiente livre de censura, onde ela própria não indicará uma inclinação política que diferencie o tratamento dos usuários pelo conteúdo publicado. Porém, a primeira previsão de lançamento não foi cumprida e a nova estreia continua sem data.
Matéria escrita em colaboração com Gustavo M.
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