Em um relatório sobre o sistema bancário global, a empresa de consultoria McKinsey declarou que aproximadamente 60% dos bancos serão economicamente inviáveis em cenário de recessão global.
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A consultoria disse que os bancos estão ficando cada vez mais vulneráveis, pois não estão crescendo tão rapidamente quanto deveriam:
“Uma década após a crise financeira global, os sinais de que o setor bancário entrou na fase final do ciclo econômico são claros: o crescimento em volumes e as receitas de primeira linha estão diminuindo, com crescimento de empréstimos de apenas 4% em 2018 – o menor nos últimos cinco anos e 150 pontos base (bps) abaixo do crescimento nominal do PIB ”
Ele também destaca que o ROE (Retorno sobre Equity) – usado para medir a eficiência na gestão dos recursos dos acionistas – não está crescendo de acordo com os custos:
“A indústria global se aproxima do final do ciclo com uma saúde abaixo do ideal, com quase 60% dos bancos imprimindo retornos abaixo do custo do patrimônio.
Por conta da taxa de juros negativa, praticada principalmente na Europa, o setor bancário pode sofrer ainda mais em uma possível crise:
“Uma desaceleração econômica prolongada com taxas de juros baixas ou até negativas pode causar mais estragos.”

O que os bancos precisam fazer?
Foi recomendado que os bancos invistam mais em inovação. Atualmente, cerca de 35% das despesas são direcionadas para inovação, enquanto as fintechs direcionam ~70%.
O relatório chama atenção para os bancos de economias emergentes (como o Brasil). É apontado que os bancos em países emergentes diminuíram sua porcentagem de gasto com TI, ao contrário dos bancos em países desenvolvidos.
Portanto, indica o estudo, “não é surpresa, que os mercados emergentes tenham visto um alto grau de disrupção das fintechs”.

Além do mais, o custo regulatório e as baixas margens tendem a dificultar a inovação pelo setor bancário emergente.
Também é sugerido que os bancos comecem a oferecer outros serviços, como está fazendo a Amazon e a empresa de seguros chinesa PingAn:
“Na China, a Ping An construiu um ecossistema que inclui serviços de saúde, automotivo, entretenimento e turismo, enquanto nos EUA, a Amazon oferece às empresas o pacote bancário tradicional (ou seja, contas correntes, cartões de crédito, empréstimos não garantidos), enquanto conectam para o ecossistema amazônico, que inclui produtos e serviços não financeiros “, afirmou a consultoria.
Falando na Amazon, a McKinsey diz que há uma grande pressão tanto do lado de grandes empresas – como Facebook, Amazon e Google – como também das pequenas Fintechs.
Você acha que os bancos vão superar essas dificuldades? Será que o setor bancário será dominado pelas pequenas fintechs ou pelos gigantes da tecnologia?