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Quase 80% dos brasileiros desejam mais regulamentação em cripto, aponta pesquisa

Orwell

A adoção de criptomoedas e blockchain continua a crescer na América Latina, com significativos avanços em sua regulamentação. Ainda assim, desafios persistem, especialmente na clareza das informações sobre seu funcionamento. Uma demanda clara por mais regulamentação governamental emerge entre o público, conforme revelado pela quinta edição anual do ebook da Sherlock Communications, abordando a adoção de blockchain em 21 países latino-americanos, incluindo o Brasil.

Em fevereiro, a Sherlock Communications realizou uma pesquisa online com 3.438 participantes de seis países da América Latina — Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru — para sondar as percepções sobre blockchain e criptomoedas. No Brasil, participaram 827 pessoas, abrangendo tanto usuários quanto não usuários de cripto.

Os resultados indicam um aumento de 73% no investimento em criptomoedas na região, saltando de 11% em 2023 para 19% em 2024. No Brasil, o investimento subiu 71%, de 14% para 24% no mesmo período. A principal razão para os brasileiros investirem em cripto é a poupança para o futuro (45%), seguida pela complementação de renda (35%). Por outro lado, 49% dos não investidores afirmam que a falta de compreensão sobre o tema é o principal obstáculo.

78% dos entrevistados querem mais regulamentação

A pesquisa também evidenciou um forte apoio às regulamentações de criptomoedas no Brasil, com 78% dos entrevistados favoráveis a mais normas para os criptoativos. Contrariamente, 68% se opõem a medidas que restrinjam sua adoção.

Desde o ano passado, o Brasil avançou na legislação de ativos virtuais, com o Banco Central atuando como órgão regulador. Recentemente, uma consulta pública foi lançada para coletar sugestões sobre a regulamentação de cripto no país.

Luiz Hadad, especialista em blockchain da Sherlock Communications, destaca a maturidade do mercado de criptomoedas no Brasil, apesar de desafios informacionais. A tecnologia blockchain é altamente valorizada no país, percebida como um motor de transformação em diversos setores, inclusive no governo e em comunidades subdesenvolvidas.

O estudo também abordou as Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs), explorando o desenvolvimento do DREX, uma versão digital do real. Enquanto 59% dos brasileiros veem as CBDCs como potenciais combatentes da corrupção, a compreensão sobre o tema ainda é limitada para 65% dos entrevistados.

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