Segundo reunião na Câmara dos Deputados ontem (27), o Banco Central do Brasil tem como uma das principais diretrizes para o Real Digital o desenvolvimento de novos modelos de negócios.
Fábio Araújo da Secretaria Executiva do BC, afirmou que há diversas aplicações que o novo dinheiro totalmente digital do Brasil conseguirá suportar como:
- Internet das Coisas (IoT)
- Contratos inteligentes
- DInheiro programável
E até mesmo pagamentos ‘online’ e “eventualmente ‘offline’”. Araújo deixou claro que o novo sistema não cortará intermediários, ou seja, o dinheiro será emitido pelo BC, mas as custódia e distribuição será feita pelo sistema de pagamentos tradicional.
A desintermediação é a um grande receio para os bancos tradicionais, pois uma vez que o BC tenha o controle de cada transação, moeda e conta de pagamento, é muito simples se livrar dos bancos e se tornar o único ente no mercado financeiro.
É por esse motivo que muitos bancos ao redor do mundo estão comprando pedaços em empresas de desenvolvimento em criptomoedas, como explicado na matéria “O Bitcoin salvará os bancos – Entenda como”
“As pessoas pensam que os bancos odeiam o Bitcoin; Não, eles odeiam quando uma forma de dinheiro ou ativo financeiro escapa de sua capacidade de rehipotecá-lo e/ou cobrar comissões para negociá-lo. Também é provável que não seja a ameaça existencial aos bancos que algumas pessoas acreditam que é. O evento de nível de extinção para bancos comerciais não é Bitcoin ou qualquer outro ativo digital privado, é o seu governo doméstico permitindo que a população mantenha contas diretamente com o Banco Central” – Arthur Hayes, CEO da Bitmex.
O real digital também será extremamente rastreável, para cumprir com as diretrizes internacionais contra a lavagem de dinheiro. Apesar de cumprir com as leis da LGPD.
Em nenhum momento foi dito que a extensão da moeda brasileira será de código aberto e auditável pela população, trazendo riscos em relação à transparência do sistema, assim como acontece atualmente com as urnas eletrônicas.