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Rede do Bitcoin esteve 99,98% do tempo funcional, melhor que Visa e Bancos

Bitcoin e cartões de crédito

Quem acompanha o Cointimes percebeu que nós ficamos offline por algumas horas. Pois é, diferente do Bitcoin nós estamos usando um sistema centralizado para guardar nossos dados. Mas até mesmo o Bitcoin já teve os seus “downtimes”, sabia?

Desde o dia 3 de janeiro de 2009 as 02:54:25 GTM até o dia de hoje, o Bitcoin esteve 99,98% do tempo funcional, mais especificamente 99,9839%. O que isso significa? São apenas 14 horas e 47 minutos em que a rede teve sérios problemas .

Esses números são incríveis e bem superiores a de outras redes de pagamento. No ano passado a Visa entrou em manutenção no Reino Unido por um problema de hardware, foram 20 horas até que a companhia anunciasse o restabelecimento de todos os serviços.

Se formos pensar nos serviços bancários brasileiros (um dos mais avançados do mundo) a situação é ainda mais vantajosa para o Bitcoin. A rede do Bitcoin funciona 24/7 sem parar, diferente dos bancos que funcionam das 10 às 16. Quer transferir para o seu amigo do outro banco? Boa sorte amigo, senta e espera o TED cair no outro dia.

E, quem nunca teve um problema com algum banco que atire a primeira pedra.

Itaú fora do ar
Quem nunca?

Quando o Bitcoin teve problemas?

É bom que fique claro que o Bitcoin é um software, feito por humanos e passível de erro. E por duas vezes o software do Bitcoin teve problemas sérios, que foram identificados prontamente pelos desenvolvedores.

O mais recente aconteceu em 12 de março de 2013 (bloco 225430), quando a rede literalmente se partiu em duas. Os detalhes técnicos vou deixar um pouco de lado, não quero um texto pedante. Mas, resumidamente, a versão do Bitcoin 0.8 teve um problema de compatibilidade com a 0.7.

Em menos de 20 minutos os desenvolvedores identificaram o problema, chamaram todos os mineradores e grandes companhias e decidiram que eles iriam apoiar a versão 0.7, pois não é possível ter uma rede de pagamentos com duas versões simultâneas.

Porém o blockchain da versão 0.8 estava 13 blocos maior do que a versão anterior, e no Bitcoin quando há qualquer divisão de consenso a cadeia maior é geralmente a correta. Então os mineradores tiveram que concordar em abandonar a versão 0.8 e em 6 horas conseguiram ultrapassar o fork, criando mais blocos.

Nesse período todas as exchanges e serviços paralisaram suas operações. O Bitcoin em si não parou de funcionar, porém para o problema ser resolvido foi necessário um certo consenso na rede.

Ou seja, o Bitcoin continuou funcionando e diferente do que acontece nos bancos e outras instituições centralizadas, o problema foi rapidamente encontrado e corrigido.

Na época, o mercado entrou em pânico. O preço caiu de 50 para 35 dólares por bitcoin.

Mas ao contrário do que acontece com organizações centralizadas, como bancos e sites de notícias, esse evento só mostrou a resiliência do Bitcoin. A resiliência é uma característica típica de uma organização estilo Starfish, ou seja, descentralizada, anti-censura e com grande capacidade colaborativa.

O outro grande problema eu vou contar em um próximo post ou em um podcast. Por isso fique ligado nas nossas redes sociais e não esqueça de conhecer mais sobre o Bitcoin,

Fontes: Bitcoin Github, Bitcoin Uptime, Vince Samios e Express.

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