O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o novo salário mínimo mensal de 126 bolívares venezuelanos (~R$ 145), atrelando esse valor a 50% do preço da criptomoeda nacional Petro (PTR).
“Aprovado meio petro como salário mínimo. O salário mínimo dos trabalhadores subirá ‘meio’ petro, com impacto em todas as tabelas salariais”, disse, na quinta-feira (03), o governante Nicolás Maduro em televisão estatal venezuelana.
Assista ao discurso de Maduro no “II Congresso da Classe Obreira Jesus Chino Khan”:
- Segundo o Banco Central da Venezuela, o país registrou 686,4% de inflação no ano passado.
- O salário mínimo em vigor desde maio do ano passado era de 7 bolívares (R$ 8,12). O anúncio elevou o novo salário mínimo mensal para 126 bolívares venezuelanos (R$ 145,92).
- Isso representa um aumento de 18 vezes no salário mínimo nacional, que seria atrelado a 0,5 Petro (PTR), a criptomoeda do governo.
- A criptomoeda nacional venezuelana é baseada na blockchain DASH e possui muitas características de uma CBDC.
- Não se sabe muito sobre o Petro, pois seu explorador de blocos anunciado é inacessível. Enquanto o arquivo da Internet WayBack mostra algo que parecia um explorador de blocos disponível em abril de 2020, a página está em branco desde então.
- Em teoria, é possível comprar PTR com bitcoin e litecoin do banco central venezuelano ou de bolsas locais, no entanto, os preços variam muito entre a taxa do banco central e a taxa de câmbio privada.
- Segundo relatos, a maioria dos venezuelanos não usa o PTR por opção e sim por necessidade. Por exemplo, os pagamentos de pensão são feitos no PTR.
- Também é ilegal para os residentes dos EUA manter ou negociar o PTR devido a sanções impostas pelo governo Trump.
A Venezuela foi um dos primeiros países a anunciar a sua própria criptomoeda, e em fevereiro de 2018 anunciou o Petro. Contudo, existe uma trágica distorção de renda na Venezuela: de um lado quem recebe dinheiro de fora e de outro quem recebe localmente.
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