Enquanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) continua sem acesso aos seus sistemas e outros órgãos governamentais são hackeados, alguns passam a se questionar qual seria a segurança de um meio de pagamento estatal.
O Pix, sistema de pagamentos instantâneo e com poucas taxas do Banco Central do Brasil, custou apenas R$ 10 milhões e não contará com segurança dedicada. E como um sistema centralizado, ele também está passível de um ataque semelhante.
Já imaginou o banco de dados hackeado e o BC sem poder saber o histórico das transações no Pix? Esperamos ao menos que depois da má experiência do STJ, os backups não sejam guardados na mesma rede.
Após o ransomware sofrido por um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil, ataques semelhantes aconteceram com o Conselho Nacional de Justiça, Governo do Distrito Federal e ao DataSUS, porém, os danos foram minimizados de acordo com fontes que acompanham os casos.
E ao contrário do que disse o presidente Jair Bolsonaro em live, o hacker continua livre e pedindo por resgate dos dados do STJ. É o que diz O Bastidor, que teve acesso a uma nova mensagem enviada ao órgão pelo hacker, além desta, enviou recados para a Secretaria da Fazenda do Governo do Distrito Federal.
Mas e quanto a segurança do Pix?
Como noticiamos anteriormente, o Bacen informou ao Cointimes que o seu orçamento dedicado a segurança cibernética era de aproximadamente R$4,97 milhões.
Mas não houve este ano um orçamento específico para o Pix, como ficou demonstrado pela afirmação do próprio banco de que a equipe de segurança do BC é de 28 pessoas “responsáveis de modo global por todos os sistemas, incluindo aqueles relacionados ao Pix”.
Além disso, “não está prevista a contratação de nenhuma auditoria externa especificamente para o Pix.”, de acordo com o Banco Central. Entretanto, o órgão afirma que há uma auditoria geral feita pela KPMG, CGU e TCU, mas nada dedicado ao novo sistema de pagamentos.
Qual a sua expectativa para o novo sistema de pagamentos do BC? Está confortável com esse nível de investimento em segurança? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.
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