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Terrenos digitais valorizam mais que imóveis em São Paulo

Terreno digital no computador

Novos jogos online utilizando blockchain estão arrecadando milhões em terrenos digitais comprados por pessoas comuns e até mesmo grandes empresas. Será que vale a pena investir em terras virtuais ou é apenas mais uma bolha? 

Vinícius Gonçalves é um investidor recente do mercado de criptomoedas, ele começou a investir em março, mas logo achou seu nicho na área de games e até agora tem se dado bem.

Ele já era um fã de jogos de RPG desde criança, “joguei muito tempo de RuneScape, uns 10 anos. Mas me amarrava em Assassin’s Creed, God of War, Counter Strike, Fifa e PubG. Sou viciadasso” – revelou Gonçalves.  

Sem casa própria e com 27 anos, Vinícius resolveu comprar diversos terrenos no jogo Ember Sword por 40 dólares cada. 

O Ember Sword é um game localizado na terra fantástica de Thanabus, onde os players podem comprar terrenos e jogar aventuras com seus personagens dentro desse universo.

Os terrenos e cosméticos são representados em blockchain por meio de NFTs, tokens não fungíveis e únicos em determinadas plataformas digitais.

“Simplificando; cada cosmético e parcela de terra será conectado a um “token” único na blockchain, e o blockchain em si é essencialmente um banco de dados público.”, explica o jogo.

É como se o cartório saísse do mundo físico e fosse parar no mundo virtual sendo usado para as propriedades digitais.

As terras de Vinícius tiveram uma alta de 1.275%, superando os 550 dólares ou R$ 2.884,59 em menos de 3 meses. 

Propriedade digital de Vinícius 

Imóveis físicos estão perdendo para a inflação em SP

A mesma sorte não parece estar do lado de quem está investindo em imóveis na capital econômica do país. 

Segundo pesquisa realizada pelo Grupo SP Imóvel, entre os bairros mais pesquisados de São Paulo capital, o metro quadrado ficou 1,56% em janeiro de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. 

Fonte: SP Imóvel

Isso significa que o preço dos imóveis subiu menos que a inflação de 4,52%. Com a pandemia, muitos profissionais resolveram migrar da capital paulista para a tranquilidade do interior e outros estão colocando seus investimentos no metaverso, o novo refúgio de boa parte da população. 

Migração para o metaverso e terrenos digitais

“Você pode pensar no metaverso como uma internet incorporada, onde em vez de apenas visualizar conteúdo – você está nele. E você se sente presente com outras pessoas como se estivesse em outros lugares, tendo experiências diferentes que você não poderia necessariamente fazer em um aplicativo 2D ou página web, como dançar, por exemplo, ou diferentes tipos de fitness.” – afirmou Mark Zuckerberg em podcast para o The Verge.

Esse universo digital que misturará 2D com 3D, realidade aumentada e simulada provavelmente precisará de um sistema de propriedade digital. Toda uma nova economia para um universo diferente.

E muitos entusiastas de criptomoedas apostam que a propriedade será construída em cima de protocolos abertos como o blockchain. Existe muita especulação e parte dos games pode estar em uma “bolha”, mas assim como aconteceu na bolha “.com”, diversas empresas importantes surgiram de lá como Amazon e o Google.

Diversos jogos já estão migrando suas propriedades para redes abertas, falamos de alguns deles nas matérias abaixo. Inclusive, o game Decentraland teve terrenos comprados por empresas como a Binance, vale a pena entender:

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