Neste domingo (8) a noite, uma emissão bilionária da stablecoin USDT foi percebida na rede Tron. Um bilhão de dólares tether surgiram na carteira de tesouro da Tether, conforme pode ser verificado em um explorador de blocos da rede.
Para explicar a transação, Paolo Ardoino, chefe de tecnologia da Tether e da Bitfinex, disse que se tratava de uma reposição de estoque. “… É uma transação autorizada, mas não emitida, o que significa que esse valor será usado como estoque para as solicitações de emissão do próximo período e chain swaps (movimentação de tokens entre blockchains).”
Teoricamente, os Tethers são criados sob demanda conforme novos usuários depositam dólares para a empresa entregar tokens aos clientes. Muitas vezes, o ativo lastreado em dólar é usado para comprar outras criptomoedas como Bitcoin, logo, o preço pode ser afetado, mas não imediatamente.
Vale notar que a Tether Limited, empresa por trás da maior stablecoin do mercado, passou a divulgar relatórios referentes a composição de suas reservas após um acordo com o gabinete do procurador-geral de Nova Iorque.
Em último relatório, revisado pela empresa de contabilidade Moore Cayman, os ativos somavam mais de US$62,7 bilhões. Enquanto isso, de acordo com dados do Coingolive, cerca de US$ 62,68 bilhões de USDT estão em circulação e compõem 3,27% do mercado de criptomoedas.
Existe até hoje uma polêmica relacionada ao lastro do dólar tether, já que a empresa dizia que todos os tokens eram respaldados de 1 para 1 com dólares americanos. Foi apenas em março de 2019 quando corrigiram o texto para afirmar que o USDT era apoiado por “reservas”, mas sem ainda detalhar a composição.
Apesar de melhorar a transparência, as dúvidas e incertezas sobre o token permanecem, pois a empresa supostamente segue divulgando propagandas enganosas.
Leia mais: