A revolução do blockchain e da computação descentralizada trouxeram ao mundo um universo de possibilidades. E uma tecnologia que pode vir a se descentralizar e que está presente no dia a dia de qualquer usuário da internet são os buscadores como Google, DuckDuckGo e Baidu. Seria mesmo possível uma ferramenta de busca descentralizada se tornar tão popular quanto o Google?
Apesar do Google ter representado uma evolução significativa para os usuários da internet, facilitando muito encontrar o que se deseja na rede mundial de computadores, muitas pessoas temem que tanto poder esteja concentrado na mão de uma única empresa. Para se ter uma ideia, o valor de mercado da Alphabet, conglomerado dona do Google, é mais de 2x maior que o Pib da Argentina.
Pensando nisso, muitos usuários procuram, sempre que podem, por empresas alternativas apenas para tentar minimamente boicotar a gigante da tecnologia. Mas agora, um concorrente à altura para o Google talvez não seja outra empresa, mas sim um aplicativo descentralizado, confira um exemplo.
Presearch
O Presearch é um motor de busca descentralizado que nasceu no boom das ICOs de 2017 e surgiu com objetivo declarado de reduzir o poder concentrado nas mãos de poucos buscadores na internet.
Privacidade
As buscas realizadas na plataforma não registram o seu histórico de pesquisas. As consultas “são tratadas por uma rede descentralizada de servidores de nós que processam as pesquisas anonimamente”.
Recompensas
É possível receber tokens de recompensa ao pesquisar, operar um nó e ao indicar outras pessoas para se juntarem à plataforma.
Modelo de publicidade
Os anunciantes podem apostar seus tokens [PRE] em uma palavra-chave e o anunciante que apostar mais tokens terá suas propagandas exibidas quando um usuário pesquisar o termo selecionado.
Governança descentralizada
Segundo o whitepaper do projeto, a ideia é criar uma rede descentralizada de governança, permitindo que os detentores do token decidam “através de um processo democrático” os rumos do projeto.
A Fase III tem uma meta inteiramente nova: descentralização de governança. Em suma, isso significa que, em vez de a Presearch ser o principal impulsionador das decisões para o projeto, permitir que a comunidade assuma quase todos os aspectos da governança, afirma o documento.
Especificações técnicas sobre o funcionamento do projeto podem ser encontradas em seu whitepaper.
Centralizar ou descentralizar?
Apesar das vantagens que a utilização de um código livre e descentralizado traga para o usuário, é necessário ressaltar que as redes blockchain talvez ainda não estejam prontas para uma adoção global.
Um exemplo claro da falta de escalabilidade de blockchain foi o travamento da rede Ethereum em 2017 quando o jogo infantil CryptoKitties testou os limites da rede. Se um jogo não muito popular já foi o suficiente para deixar a rede lenta, quando será possível a popularização de um aplicativo descentralizado em escala global?
O Ethereum 2.0 e outras soluções pretendem trazer mais escalabilidade para que as blockchains públicas possam executar a internet descentralizada. Será que o projeto dará certo? Você pode ler mais sobre ele no artigo “Ethereum 2.0: Uma Nova Era“.
Leia mais: Fundo compra R$150 milhões em Litecoin com premium de 2230,94% para cliente,