Em Montana, estado ao norte dos Estados Unidos e que faz fronteira com o Canadá, a mineração de metais como ouro, chumbo, cobre, zinco e prata já faz parte da cultura local. Desta vez, um outro tipo de mineração vem chamando a atenção do mercado por lá: a mineração de bitcoin.
A empresa norte-americana Madison River Equity LLC recentemente entrou com pedido para a construção de um parque solar que, por consequência, viabilizaria uma forte operação de mineração de bitcoin no estado.
A Madison River é uma subsidiária da FX Solutions, empresa que também controla a mineradora de bitcoin Atlas Power. Caso a empresa de mineração garanta as licenças para operar, a Atlas pretende adquirir a produção de energia do parque solar, e vender o excedente energético.
O projeto Basin Creek Solar Project prevê a criação do 4º maior parque solar do país, com tamanho equivalente a aproximadamente 900 estádios de futebol, e investimento total estimado em 250 milhões de dólares (cerca de 1,3 bilhões de reais).
Se concluído, o projeto poderia produzir cerca de 300 MW/ano de energia renovável, o que seria suficiente para abastecer cerca de 40.600 casas de família (para se ter ideia, existem apenas cerca de 14.605 casas na região).
Do total de energia produzida, estima-se que 25% seria consumido pela operação de mineração de criptomoedas, e o resto seria disponibilizado para outros consumidores da região, incentivando a cidade a se tornar um hub de energia renovável.
Embora o projeto pareça estar alinhado com os objetivos sustentáveis de boa parte da comunidade cripto (incluindo Elon Musk), há também alguns membros da comunidade local preocupados se a eletricidade extra gerada na verdade beneficiaria a própria região, ou se seria vendida para outro lugar.
Além disso, vários moradores acham que o projeto geraria problemas ambientais ou turísticos, já que a área em questão é montanhosa e cheia de animais selvagens, com excelentes atrativos naturais.
Como o projeto não está situado numa zona dedicada ao uso industrial, o Basin Creek requer uma licença de uso especial, que está em discussão. Se aprovado, o prazo de construção do complexo é de 13 meses, começando pelo menos a partir de agosto de 2021.
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