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Agronegócio investe em Blockchain para combater desmatamento

Agronegócio investe em Blockchain

A JBS, grande empresa do agronegócio, iniciou no mês de abril o monitoramento dos seus fornecedores indiretos de gado com Blockchain.

O desafio do agronegócio era acessar os dados de terceiros sobre o fornecimento de bois para a companhia para combater pecuaristas que atuam na ilegalidade e colaboram com o desmatamento. 

Hoje em dia parece que a pauta ambiental tem grande relevância, não é mesmo Elon Musk?

Agro é Pop

Quando estudamos o mercado cripto aqui no Brasil, o ideal é entender a demanda que temos por esse serviço. Fora do núcleo financeiro de São Paulo, as soluções financeiras da Defi, por exemplo, são menos impactantes do que a capacidade que a tecnologia blockchain tem de otimizar o processo logístico do setor que mais contribui com o PIB no Brasil.

Este setor teve crescimento recorde de 24,31% em 2020. Participando de 26,6% do total do PIB do país, segundo Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Não é à toa que os Agroboys fazem tanto sucesso por aí. 

Apesar dos bons resultados obtidos, não podemos esquecer que atualmente, devido à pandemia, as exigências sanitárias tornaram-se prioridade global já que a cadeia de suprimentos da agropecuária também é uma ameaça à saúde dos consumidores. 

Já foram redobrados os esforços no passado durante os casos com a doença da vaca louca e a gripe suína. Qual é a diferença agora? Temos muito mais tecnologia disponível para resolver esses problemas.      

A solução verde

“(O objetivo é) que a cadeia de fornecedores de bovinos da companhia, incluindo os fornecedores, esteja livre de desmatamento ilegal no Bioma Amazônia. O mesmo deve ocorrer nos demais biomas do Brasil até 2030”, como disse a empresa para enfatizar sua recente preocupação com as pautas ambientais. 

Plataforma Pecuária Transparente da JBS

Ela fará o monitoramento da cadeia produtiva através da plataforma Pecuária Transparente. Até o fim de 2025, todos os fornecedores de bovinos deverão aderir ao programa. Assim, poderão ser monitorados alguns critérios socioambientais: 

  • Desmatamento ilegal de florestas nativas;
  • Invasão de terras indígenas;
  • Invasão de áreas de conservação ambiental;
  • Áreas embargadas pelo Ibama;
  • Trabalho análogo à escravidão. 

Para dar suporte, a JBS criou também estruturas dentro das suas unidades com o objetivo de prestar consultoria ambiental, jurídica e técnica para regularização ambiental dos seus fornecedores. Os chamados “Escritórios Verdes” servirão como apoio ao agronegócio pelo Brasil.  

O patrimônio nacional

No anúncio do investimento em Blockchain pela JBS não há informações do valor para implementação do sistema. Entretanto, ele não deve ter sido um peso muito grande para a empresa que divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2021. 

A companhia reportou um lucro líquido de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre, já sinalizando um dividendo superior de R$ 3 bilhões em 2022, novo recorde. Sua receita líquida teve 33,2% de aumento em relação ao primeiro trimestre de 2020.  

O que importa, de início, é a visibilidade que isso trás para implementação da Blockchain no mundo corporativo. Temos esperança de que a JBS alcance todos os objetivos ambientais propostos, assim como outras empresas do setor de agronegócio também, já que a Blockchain realmente é uma ferramenta muito eficiente para tal.

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