Em 2017 o brasileiro Rudá Pellini fundou a Arthur Mining nos Estados Unidos, oferecendo energia renovável e/ou aproveitamento de energia para data centers especializados em mineração de bitcoin. A startup, que foi uma das pioneiras em mineração verde, agora tem planos de desembarcar no Brasil em março e faturar ao menos R$ 210 milhões até o final de 2023.
A instituição fechou uma rodada de investimento junto ao family offices PM&F, onde captou R$ 23,5 milhões. Esse recurso será destinado à ampliação de seus negócios no país sede, com a meta de crescer 400% até o final do ano, assim como promover a sua expansão para o Brasil.
É interessante frisar que essa fase positiva da Arthur Mining ocorre em um período bastante conturbado do universo cripto, onde não faltam notícias sobre falências e recuperações judiciais.
Ray Nasser, presidente-executivo da companhia, declarou que “fechar uma rodada [de investimentos] em um dos momentos mais desafiadores do mercado […] foi um grande marco”. O executivo ainda acrescentou que o momento escolhido para expandir as operações foi muito oportuno, pois foi possível adquirir ativos e parte do inventário de outros players a um custo mais acessível, como por exemplo, placas ASICS com 70% de desconto.
No Brasil, os planos da Arthur Mining para a questão energética incluem o aproveitamento da energia ociosa ou subvalorizada. Segundo Rudá, entende-se como energia ociosa aquela que é gerada e não consumida, seja por dificuldades de transmissão na rede ou por fatores externos. Esse tipo de energia pode vir de diversas fontes, como a solar, hidrelétricas, aterros sanitários e campos petrolíferos.
LEIA TAMBËM: