Ontem (20/11) foi o último dia da 27ª edição da Conferência das Partes (COP 27) que aconteceu no Egito, na cidade de Sharm el-Sheikh. A próxima COP será em Dubai nos Emirados Árabes Unidos. Veja abaixo o balanço dessas duas semanas de negociações.
Criação de um Fundo para Perdas e Danos
Oficialmente, foi a primeira vez que entrou na agenda do evento a criação de um fundo para lidar com as perdas e danos associados às mudanças climáticas. A última 5ª feira foi decisiva para o tema, pois a União Europeia fez uma oferta e em dois dias foi firmado um acordo.
No futuro, esses países menos desenvolvidos poderão contar com tais recursos, mas será exigido o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Houve resistência quanto a essa contrapartida, mas agora as negociações só serão retomadas em 2023 em Dubai.
Engajamento com a meta de 1,5⁰C
No Acordo de Paris (2015), definiu-se que os países deveriam se esforçar para manter o aquecimento global em até 1,5⁰C. Essa meta poderia ser repensada com o tempo, mas isso não aconteceu na COP 27.
Também sequer houve uma grande pressão sobre a China e a Índia (países muito poluidores) para um maior engajamento e/ou comprometimento com essa causa. Inclusive, muitos estudos vêm apontando um aumento na concentração de gases do efeito estufa na atmosfera.
Combustíveis fósseis
A questão dos insumos fósseis levantou alguns debates na COP 27, como por exemplo:
- Não houve um avanço sobre o uso dos combustíveis fósseis no texto final;
- Decepção com a inclusão de “energias de baixa emissão” nas negociações deste ano, pois isso pode representar um retrocesso;
- Não foi colocado um limite para as emissões até 2025.
Metano
Espera-se reduzir o consumo do metano, até 2030, em até um terço. Na COP 27, houve um maior comprometimento dos países com essa temática, pois foi alcançada a marca de 150 adesões. China e Estados Unidos estão neste grupo.
Créditos de carbono
As negociações sobre o comércio de emissões (regras) não avançou muito na COP 27, e foram feitas algumas críticas.
Uma delas diz respeito às lacunas que permitem a coexistência entre a manutenção de um mesmo padrão de emissões, e o cumprimento das metas mediante o pagamento de compensações para os outros.
Fonte: G1 / BBC
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