Em ofício enviado ao Ministério da Economia, o Banco Central do Brasil pede ao Conselho Monetário Nacional que produza mais R$ 437,9 milhões em cédulas, para que seja possível o pagamento do auxílio emergencial.
Segundo a Reuters, o documento afirmava que o Banco Central e o Banco do Brasil não teriam dinheiro suficiente para atingir os R$ 389,256 bilhões projetados para estar em circulação no país no mês de agosto.
Falta dinheiro para pagar o coronavoucher
Há cerca de 3 meses, um pedido similar foi feito pelo BC, categorizando a situação como urgente. Agora, o Bacen argumenta a necessidade de “criação de um estoque estratégico para atendimento em situações adversas”.
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Em maio, o Bacen chegou a reconhecer à Reuters que estava preocupado com a questão, mas que estava solicitando à Casa da Moeda apenas a antecipação da produção de 2020. Agora, o volume de emissão será maior.
“O Banco Central a partir de maio teve uma revisão do seu cenário e está solicitando ao Conselho Monetário um volume maior de emissão, que chegaria a mais de 100 bilhões de reais de emissão”, disse o secretário do Orçamento Federal George Soares
Desde então, é difícil negar que a situação prevista no início do ano (considerando a pandemia no Brasil) não era tão ruim quanto o que estamos vivendo atualmente. Para contrapor os efeitos do coronavírus no país, o BC irá aumentar a produção de notas de reais.
O BC já adicionou ao relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre que houve um aumento de R$ 437,9 milhões de reais nos gastos previstos para a produção de cédulas e moedas, satisfazendo a necessidade de dar suporte a programas assistenciais.
Por fim, a previsão do Banco Central nos gastos com o auxílio emergencial foi elevado em R$ 101,6 bilhões recentemente, graças ao anúncio de que o programa seria estendido em mais dois meses. O custo total do programa será de R$ 254,4 bilhões de reais ao longo dos cinco meses de duração.
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