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Banco Central vai regular Bitcoin como investimento e meio de pagamento

Roberto Campos Neto presidente do Banco Central

O Banco Central do Brasil (BC) vai regular o Bitcoin como investimento e como meio de pagamento, segundo o anúncio de Roberto Campo Neto em apresentação do relatório trimestral sobre inflação.

O presidente do BC ainda ressaltou que o uso de criptomoedas vem sendo muito procurado em um mundo de expansão monetária e já impacta a balança de importações. 

Regulação do Bitcoin como investimento e meio de pagamento

O Banco Central do Brasil apresentou ontem (30) os dados sobre a inflação no país, referente ao terceiro trimestre de 2021, mostrando o que aconteceu e o que deverá acontecer, de acordo com seus modelos de previsão.

Contudo, o presidente do BC quando perguntado sobre o que ele achava sobre a proibição da China sobre o setor de criptomoedas, Campos Neto disse que não cabe ao BC do Brasil comentar as decisões tomadas em outro país. No entanto, ele explicou sobre os caminhos que as autoridades brasileiras estão tomando sobre o assunto.

“Vamos primeiro regular como investimento, e em um outro passo, vamos imaginar como fazer isso como meio de pagamento.”

Segundo o presidente do BC, discussões e projetos sobre criptomoedas estão em andamento. Em agosto de 2021, o mandatário lembrou que BC e a CVM estudam a regulação do Bitcoin no Brasil em conjunto, em um evento.

Leia também: Presidente do BC conversa com CVM sobre regulação de criptomoedas

O assunto sobre criptomoedas virou pauta para o BC pois os dados de importação têm sido afetados pelo aumento do volume de transações com criptomoedas.

“Nós entendemos que o mundo das criptomoedas hoje no Brasil cresceu muito como veículo de investimento, inclusive impactando até os números de importação. Mas lembrando que moeda tem função de meio de pagamento, mas tem crescido bem menos nesse aspecto. A consequência disso pro BC é que vamos primeiro regular como investimento e depois como forma de pagamento”, disse Roberto Campos Neto.

O diretor de política econômica, Fabio Kanczuk, que também participou da apresentação, informou que os criptoativos impactaram em US$ 4 bilhões as importações de janeiro a agosto deste ano.

Leia também: Brasileiros importaram R$19 bi em bitcoin em 2021, revela Banco Central

Campos Neto vai além no conhecimento desse mercado que tanto impacta o cenário econômico brasileiro. Ele entende que as pessoas estão buscando o Bitcoin após as recentes impressões de dinheiro feita por bancos centrais pelo mundo.

“Tem uma parte de ter uma oferta finita, que faz com que, nesse mundo onde bancos centrais estão fazendo QE e expansões monetárias, acabe gerando também uma sensação de que é um investimento que pode se pagar”.

Assim, a consequência disso para o Banco Central do Brasil é que eles vão regular as criptomoedas como veículo de investimento em um primeiro momento. Após isso, eles deverão imaginar como regular o Bitcoin como meio de pagamento.

Abaixo disponibilizamos a entrevista completa:

(o presidente do BC começa a falar sobre criptomoedas por volta do minuto 36 do vídeo)

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