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‘Banco do Bitcoin’ corre risco de falência

IPO do Silvergate

O Silvergate, banco conhecido pelo seu entusiasmo com a criptoeconomia, corre risco de falência após cair quase 50% num único dia. 

Embora tenha surgido como um banco pequeno do interior da Califórnia, o Silvergate ganhou proeminência internacional após começar a fornecer serviços para empresas cripto. Corretoras como Coinbase, Kraken e FTX utilizam ou chegaram a utilizar seus serviços, pois bancos tradicionais eram conhecidos por sua hostilidade a cripto. No Brasil, noticiamos o encerramento ilegal da conta da Foxbit por parte da Caixa.

A cotação da ação do Silvergate, negociada na bolsa de Nova Iorque, caiu mais de 94% desde sua máxima histórica, ocorrida em novembro de 2021. A tendência de baixa do mercado cripto, iniciada naquele mês, fez com que a ação virasse o ano com uma queda de quase 50%. 

Após esse primeiro susto, a empresa começou 2022 em recuperação. Porém, após o caos causado pelo colapso da Terra, a empresa entrou numa queda contínua. A recente falência da FTX foi mais um golpe duro nas pretensões do banco. 

A Silvergate declarou que o valor total dos depósitos de clientes cripto na empresa caiu de 11,9 para 3,8 bilhões de dólares entre setembro e dezembro do ano passado, uma queda de quase 70%. Isso se deveu, entre outros motivos, ao colapso da FTX. 

A derrocada da corretora de Sam Bankman-Fried deu início a uma “corrida aos bancos”, termo que se refere a um fenômeno em que diversos clientes de uma instituição financeira correm para sacar seus fundos por acreditarem que ela corre risco de quebrar.

 Por conta disso, a Silvergate foi forçada a vender 5,2 bilhões de dólares em ativos para ter liquidez suficiente para honrar suas obrigações, realizando um prejuízo de 718 milhões. Além disso, a empresa anunciou que está demitindo cerca de 200 empregados, o que representa 40% do pessoal da empresa, a fim de “lidar com as realidades econômicas que atualmente ameaçam a empresa e a indústria”. 

Segundo dados de 31 de dezembro de 2022, dos 3,8 bilhões de dólares depositados no banco, 150 milhões eram de clientes que já haviam oferecido pedidos de falência.

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