Anteriormente, o acordo entre a Voyager e a Binance havia recebido oposição do Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS), bem como da SEC.
O plano da Binance US de adquirir alguns dos ativos da Voyager Digital por US $1,02 bilhão está um passo mais próximo da concretização, pois o emprestador falido recebeu a aprovação inicial do tribunal para sua proposta.
O juiz Michael Wiles, do tribunal de falências do Distrito Sul de Nova York, aprovou em 10 de janeiro que a Voyager elaborasse um acordo de compra com a exchange cripto e solicitasse votos dos credores sobre a venda.
Incerteza do acordo
Segundo o relatório da Reuters, o acordo não se tornará definitivo até uma futura audiência judicial. Além disso, a audiência de confirmação está marcada para março e exigirá também a aprovação dos credores da Voyager. Se recebida, a venda ajudará os clientes da Voyager a recuperar 51% dos criptoativos detidos antes do pedido de falência.
Mas os promotores federais estão no encalço da Binance, especialmente devido à sua proximidade com a FTX. Como resultado, a Voyager está procurando acelerar a revisão da segurança nacional da negociação que poderia decidir se ele pode ser posto em andamento.
Na audiência de terça-feira, o advogado da Voyager, Joshua Sussberg, confirmou que o credor está respondendo ativamente às preocupações de segurança nacional levantadas pelo CFIUS.
A agência analisa essencialmente as implicações de segurança nacional dos investimentos estrangeiros em empresas ou operações sediadas nos Estados Unidos. Sussberg também afirmou que a Voyager abordará quaisquer preocupações que o CFIUS possa considerar válidas ao se opor à transação com a Binance US.
“Estamos coordenando com a Binance e seus advogados não apenas para lidar com essa investigação, mas para apresentar voluntariamente um pedido para levar este processo adiante.”
Como parte do acordo, a Voyager receberá um pagamento em dinheiro de US $20 milhões e transferirá clientes para a Binance US, permitindo assim que os clientes saquem seus ativos da plataforma pela primeira vez após a falência.
Se o CFIUS bloquear a transação, a Voyager terá que reembolsar seus clientes com os ativos disponíveis, neste caso, os clientes acabarão recebendo menos pagamento.
Oposição
O último desenvolvimento ocorreu uma semana depois que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) se opôs à proposta da Binance US de adquirir os ativos da Voyager. O foco do argumento da SEC foi que a exchange não demonstrou ter os fundos necessários para liquidar o negócio. A SEC acrescentou que a Binance US também não delineou como planeja garantir os ativos dos clientes da Voyager.
Apesar do impasse, o juiz Glenn permitiu o acordo, apesar de citar que a Comissão terá a oportunidade de se opor à aprovação final do acordo no futuro.
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