O Bitcoin Core deu um passo significativo na implementação de assinaturas Schnorr ao mesclar o suporte BIP340 à biblioteca libsecp256k1. Mas o que isso significa?
A atualização apresenta um módulo experimental denominado “schnorrsig” que implementa a assinatura e verificação de assinaturas Schnorr. Embora isso não signifique que o uso de Schnorr esteja atualmente ativo na rede Bitcoin, representa um avanço significativo.
“Eu rodei testes exaustivos em cima disso. Tudo passa.”, disse o desenvolvedor Pieter Wuille.
O tópico para a mudança foi aberto pela primeira vez por Jonas Nick da Blockstream em setembro de 2018 e se fundiu à biblioteca de código após dois anos de intensa revisão.
Aqueles que participaram de seus testes incluem notáveis contribuintes do Bitcoin Core, como Andrew Poelstra, Gregory Maxwell, Pieter Wuille, Ben Carmen, Max Hillebrand, John Newberry, Russell O’Conner e Tim Ruffing.
Assinaturas Schnorr simplificam transações
A atualização basicamente possibilita a redução de assinaturas desnecessárias. Isso é principalmente importante para grandes corretoras que fazem um grande número de transações em lote diariamente.


Dessa forma, mais transações caberão nos blocos de Bitcoin, tornando a rede mais escalável e as taxas potencialmente mais baixas.
As próximas etapas para Schnorr envolvem a criação de uma solicitação para que o Bitcoin Core use a versão mais recente da biblioteca libsecp256k1. Isso permitirá que o cliente Bitcoin Core chame a versão mais recente da biblioteca para assinar e verificar assinaturas baseadas em Schnorr.
Isso também tornará a revisão da versão atual para implementação do Taproot significativamente mais fácil. Enquanto as novas assinaturas permitem que o Bitcoin seja mais escalável, o Taproot pretende tornar a criptomoeda mais privada. Espera-se que esta proposta seja mesclada logo em breve, pois a última atualização da biblioteca levou apenas 3 dias.