Como já contamos na nossa primeira revelação exclusiva sobre o começo da Atlas Quantum, a empresa não foi construída sozinha. Uma das pessoas mais importantes para a história do Atlas vai começar a tomar medidas drásticas.
Veja a matéria anterior:
++Atlas Quantum não pagava nossos salários, revela ex-funcionário
++Atlas é acusada de falsificar vídeo por exchanges internacionais
Um dos principais pilares e financiadores do Atlas quando a empreitada ainda não tinha sequer uma sede legal, era Dino Etcheverry. O espanhol financiou Rodrigo Marques quando ele “não tinha um tostão no bolso”, conforme revelaram ex-funcionários na reportagem anterior.
Etcheverry é um empresário bem sucedido que financiou e acreditou no projeto Atlas….
Aliás, segundo fontes internas, o robô de trade não era o produto principal do Atlas. O Quantum era apenas um recurso de um projeto faraônico, a ideia inicial de Rodrigo era construir uma bolsa de commodities em blockchain.
As intenções da bolsa inicialmente pareciam boas. A bolsa serviria para ajudar os países da África a negociar com mais equidade as commodities exportadas.
O robô que não deveria ter existido
Enquanto isso, o robô Quantum era vendido internamente para funcionários, que viam-no como uma boa oportunidade para ganhar algumas frações de bitcoin. Os funcionários não viam o famoso robô funcionar, mas recebiam os pagamentos de acordo.
Entretanto, a história de uma bolsa para ajudar países africanos foi deixada de lado e o Quantum se tornou público. Em pouco tempo o dinheiro começou a jorrar.
Atlas, a história não contada
Etcheverry, Rodrigo e toda equipe do Atlas deveriam estar felizes com a abundância de dinheiro entrando no caixa. Há poucos meses atrás a empresa nem conseguia pagar o salário dos funcionários.
Contudo, Dino não concordava com algumas atitudes de Rodrigo Marques, principalmente no que diz respeito ao manuseamento do dinheiro dos investidores.
O Cointimes ainda está juntando mais materiais e fontes para revelar como o Rodrigo usava o dinheiro que entrava na empresa. Estamos trabalhando duro para isso.
Mas vendo as atitudes de Rodrigo, Dino se afastou do Atlas. Ambos brigaram e não se falam mais desde então.
Chamando as autoridades
No entanto, o fundador do Atlas ainda deixara cerca de 0,7 BTC no Atlas ou cerca de R$26.400,00 na cotação Foxbit. Ao tentar sacar os valores, não foi uma surpresa ver o seu saque sendo bloqueado, como de todos os outros clientes.
Hoje, Dino ameaça levar o caso Atlas Quantum e todo seu conhecimento sobre as entranhas da empresa para as autoridades europeias. O homem que fundou o Atlas, hoje já perdeu a paciência esperando um saque.
Será o fim da possibilidade do Rodrigo Marques fugir para Paris ou Amsterdã? O que Rodrigo fazia com os bitcoins dos clientes? Deixe sua opinião nos comentários.
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