Como mencionamos ao longo do ano, o Ethereum vem sofrendo uma série de atualizações, num roadmap que vai levar a rede de um mecanismo de consenso Proof of Work (PoW) para o Proof of Stake (PoS), transição essa chamada de “Merger”.
Com isso, a rede Ethereum vem seguindo um longo calendário de atualizações, em direção a um grande objetivo, o Ethereum 2.0.
4 meses atrás, o London Hard Fork (EIP-1559) alterou a forma como os mineradores são pagos na rede.
2 meses atrás, foi realizada a primeira atualização da rede Beacon Chain, chamada “Altair”.
Esse processo todo elimina o papel dos mineradores na rede Ethereum, já que agora a validação das transações será realizada pelos stakers – computadores com ao menos 32 ETH que validam as transações.
4 principais alterações esperadas com a transição para o mecanismo PoS
Teremos um caminho mais claro para a descentralização e escalabilidade: executar um validador na cadeia Beacon requer 32 ETH (algo em torno de US$ 120.000 atualmente) hoje. O alto valor atrapalha a escala da rede. Substituindo o poder do hash por aleatoriedade/estatística e mantendo o tamanho do bloco baixo, o Ethereum permite que qualquer usuário com hardware comum execute um validador Ethereum de forma lucrativa. Além disso, a rede Ethereum terá a capacidade de implementar outras atualizações (ex.: fragmentação), que reduzirão os custos de transação no futuro.
ETH num formato deflacionário? Segundo pesquisa da Ethereum Foundation, o impacto que a combinação de EIP 1559 e o PoS terá no supply circulante de ETH será da queima da taxa de transação combinada com recompensas mais baixas e bloqueio de ETH para validação, o que reduzirá o equilíbrio da oferta circulante para entre 27,3 e 49,5 milhões de ETH (hoje a oferta está próxima de 118 milhões).
Uma nova camada de consenso – a camada de execução atual da Ethereum será transferida para a camada de consenso PoS e suportada pelos clientes que estão atualmente encarregados da ETH1. Para usuários existentes e desenvolvedores de aplicativos, isso significa que a interação com o Ethereum permanecerá bastante semelhante após o Merge.
Menor consumo de energia – Mudar a camada de consenso da Ethereum para PoS elimina a rede de mineradores e os substitui por validadores. Sob esse formato, a Ethereum exige que os mineradores disputem pela energia do hash. Por usar um sistema de aleatoriedade para atribuir a produção de blocos, esse sistema é capaz de funcionar com consumo de energia significativamente menor. A Fundação Ethereum prevê que, após a fusão, a rede usará pelo menos 99,95% menos energia do que em seu estado atual.
Conclusão
A fusão em si não será inicialmente tão glamorosa quanto muitos participantes do mercado e pessoas de fora podem acreditar. No entanto, as melhorias e a base que elas estabelecem permitirão ao Ethereum integrar milhões de usuários sem sacrificar a descentralização.
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