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Criptomoeda paga R$133.000 em férias para pesquisador, veja como

praia com rede pendurada em coqueiro

O mercado de criptomoedas pode ser esquisito e muitas vezes difícil de entender, mas é inquestionável que ele gera muitas oportunidades, como a do desenvolvedor e pesquisador da criptomoeda Monero (XMR) Sarang Noether que ganhará R$133.000 em férias. 

Mas como a criptomoeda consegue pagar tanto? Como isso funciona?

Férias via crowdfunding?

Mas primeiramente, antes de falar sobre as férias de Sarang. Você já se perguntou quem financia as criptomoedas? Por incrível que possa parecer para algumas pessoas, os desenvolvedores precisam pagar aluguel, comer e muitas vezes pagar fraldas. De onde vem esse dinheiro?

No caso do bitcoin, a principal criptomoeda, ela funciona como a Linux Foundation ou seja é financiada por empresas e pessoas interessadas no projeto. No texto sobre o financiamento do desenvolvimento do bitcoin dou mais detalhes sobre esse modelo do bitcoin e de algumas outras moedas como Zcash, Ethereum e Bitcoin SV.

Outras criptomoedas como a Dash, criaram um fundo retirado das moedas geradas. Neste fundo, os stakeholders (usuários com a criptomoeda) podem votar para onde vão os fundos. 

Mas diferente do Bitcoin, Dash ou Zcash, o Monero é financiado quase inteiramente por campanhas de crowdfunding. O crowdfunding é um termo em inglês para a nossa “vaquinha” ou financiamento coletivo, isso significa que um grupo de pessoas tira o dinheiro do próprio bolso para financiar o avanço do XMR. Inclusive para pagar as férias de um desenvolvedor. 

Férias e despedida de R$133 mil

No caso de Sarang Noether, ele era um pesquisador focado na parte teórica da criptomoeda mais privada do planeta. A “cripto” de criptomoeda significa criptografia, e para obter uma boa criptografia é preciso de bons matemáticos pensando em esquemas cada vez mais elegantes para proteger sua privacidade e segurança online. 

Por este motivo, o Monero é uma das únicas criptomoedas a manter um laboratório de pesquisa matemático no ramo da privacidade. PhDs são pagos via “vaquinha” para trabalhar nesse emaranhado de números. 

E Sarang foi por 6 anos o principal desenvolvedor e pesquisador do Laboratório de Pesquisa do Monero e produziu diversos avanços para o ramo da criptografia dentre eles:

Porém, no final de setembro ele anunciou que iria sair da posição de líder de pesquisa pois estava sofrendo de burnout. Outro termo em inglês que significa excesso de trabalho, o que pode levar a esgotamento físico, mental e em alguns casos até depressão. 

Então, como uma forma de agradecimento pelos 6 anos de trabalho incansáveis pelo avanço da privacidade no mundo, a comunidade Monero está fazendo um crowdfunding para Sarang de 200 xmr ou equivalente a R$133 mil. 

“Pedimos à comunidade que faça um crowdfund 200 XMR para que possamos dar a ele, para que seus primeiros dias após sua partida sejam tranquilos e ele não tenha que se preocupar em ganhar dinheiro para viver.”

diz a proposta de financiamento coletivo.

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