Quando um país enfrenta uma grave crise econômica ou vive em uma turbulência política de longa duração, as criptomoedas são frequentemente discutidas como uma alternativa para lidar com os tempos difíceis.
Embora os ativos digitais não sejam um assunto desconhecido em Cuba, o Partido Comunista de Cuba (PCC) recentemente demonstrou interesse na utilização de ativos digitais para enfrentar a crise econômica.
Segundo o Diretorio Cubano, alguns integrantes do partido sugeriram que o país deveria se inserir na ‘criptoesfera’ como “uma alternativa para enfrentar a atual crise econômica” que vive a ilha.
Cuba enfrenta uma crise econômica, dentre outros motivos, devido ao seu regime ditatorial em combinação com as sanções internacionais impostas há vários anos, e a pandemia que atingiu o país em muitas frentes, especificamente na indústria do turismo.
Durante o 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba, os delegados solicitaram a inclusão das criptomoedas como parte da atualização de suas “diretrizes da política econômica e social do Partido e da Revolução”.
De fato, o Cubadebate, um meio de comunicação com sede em Cuba, mencionou que durante o congresso de Havana se propôs “avançar no estudo das criptomoedas nas condições atuais da economia”.
No entanto, o PCC não forneceu mais detalhes sobre a proposta de inclusão de criptomoedas. Ainda assim, o Diretório Cubano deu a entender que o Partido Comunista de Cuba poderia estar seguindo os passos do presidente venezuelano Nicolás Maduro de criar um token estatal, como o petro (PTR).
Covid-19 e sanções dos EUA
Até o momento, o governo cubano – atualmente liderado por Miguel Díaz-Canel – não demonstrou interesse em transformar as criptomoedas em um assunto de Estado.
De modo geral, os cubanos têm enfrentado restrições rígidas nos últimos anos para enviar remessas devido a novas medidas promulgadas pelo governo dos EUA, obrigando empresas como a Western Union a encerrar suas operações na ilha.
Em 2020, relatórios sugeriram um uso crescente de criptomoedas por alguns residentes cubanos, já que as criptomoedas estavam sendo usadas para pagar serviços públicos e pagamentos internacionais.
Além disso, as restrições impostas para conter a disseminação do Covid-19 parecem ter gerado um aumento no uso de criptomoedas por expatriados cubanos ao enviar dinheiro ao país.
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