A Chainalysis, empresa norte-americana de análise de blockchain, investigou os danos causados pelo mais recente colapso em carteiras de usuários.
2022 foi um ano bastante caótico para a indústria de criptomoedas, de problemas macroeconômicos à lavagem de dinheiro, os ativos digitais sofreram diversos golpes e, quando pareciam estar se recuperando, a FTX faliu.
Contudo, como observado pela Chainalysis, os impactos negativos do colapso da exchange de Sam Bankman-Fried, que atualmente se encontra preso nas Bahamas, parecem não ter sido tão danosos quanto outros.
A metodologia usada pela empresa para analisar a situação atual do mercado foi comparar os impactos de diferentes instâncias, observando e calculando ganhos e perdas realizados em cada uma das crises sofridas neste ano. Como explicado pela empresa:
“Medimos os ganhos e perdas realizados para um conjunto de carteiras pessoais em um determinado período de tempo medindo o valor dos ativos de cada carteira no momento em que foram adquiridos, menos o valor de qualquer parte desses ativos enviados para outra carteira durante o período de tempo estudado, ao mesmo tempo em que contabilizamos as diferenças de preço em diferentes momentos em que os ativos foram adquiridos.”
A partir disso, a Chainalysis criou o gráfico abaixo, destacando semanas em que ocorreram eventos importantes no mercado:
Os ganhos e perdas semanais realizados de todas as carteiras pessoais ao longo de 2022 foram calculados e, como sugerem os dados, o colapso da FTX não foi o maior problema dos investidores neste ano. Tanto os eventos envolvendo a Terra quanto o 3AC geraram perdas muito maiores para os investidores: US $20,5 bilhões no caso do UST e US $33,0 bilhões no caso do Celsius e do 3AC, contra apenas US $9,0 bilhões para o FTX.
No entanto, vale ressaltar que o gráfico não leva todos os fatores em conta, por exemplo que “as pessoas que usaram a FTX provavelmente perderam todos os fundos que mantinham na exchange, e a probabilidade de recuperá-los é desconhecida.”
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