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Economia básica: as principais lições que você precisa saber

jovem apresentando trabalho de economia

Neste post você aprenderá os fundamentos necessários para compreender a economia básica. Depois da leitura deste texto você ficará sabendo como são determinados os preços, por que as coisas valem e que não há uma solução mágica para a economia.

Alicerce fundamental: escassez

A primeira lição que você deve aprender é o problema fundamental da economia: a escassez. Os recursos da economia são escassos porque há uma limitação nas escolhas que devem ser feitas entre eles, caso os bens não fossem escassos, não seria necessário realizar escolhas entre os meios.

As pessoas não podem obter todos os bens necessários para realizar seus objetivos. Isso ocorre porque nosso tempo, por exemplo, é limitado. Por conta disso, as pessoas devem escolher os melhores meios disponíveis naquele para realizar sua ação, visando um melhor objetivo.

O valor das coisas

Alguns bens são mais comuns do que outros. A água, por exemplo, é muito mais comum do que 1kg de diamante bruto. O valor das coisas é definido de acordo com a sua escassez e a utilidade que elas oferecem ao indivíduo.

A água é mais escassa no deserto do que 1kg de diamante, porque ela é essencial para manter um indivíduo vivo naquele momento. Portanto, naquele momento a água irá valer mais do que o ouro, por conta da sua escassez.

Entretanto, em uma cidade com água encanada, o valor de um copo de água seria irrisório quando comparado ao do diamante. Novamente, isso é possível por conta da escassez dos bens na economia.

No entanto, a cada copo de água consumido, a satisfação que ele provê será menor em relação ao anterior. Ou seja, a sede irá diminuir a cada copo de água consumido, diminuindo sua utilidade.

Os preços

O preço é uma manifestação do valor de um bem em relação a sua escassez e utilidade. Se um bem é limitado e existem muitas pessoas dispostas a comprá-lo, o seu preço irá aumentar.

Gasolina e Bitcoin: Efeitos da escassez

O preço, portanto, é uma “batalha” entre compradores e vendedores no mercado. Se há mais pessoas vendendo um bem do que comprando, ele se torna menos escasso, portanto, seu valor será menor, isso indica que aquele bem não é tão útil para os indivíduos. Ou seja, o seu preço irá diminuir até que as pessoas estejam dispostas a comprá-lo.

O oposto também ocorre. Se mais pessoas estão dispostas a comprar um bem que tem uma quantidade limitada, esse bem ficará cada vez mais caro com o aumento na sua procura. Portanto, os preços são um indicador de escassez.

Por conta disso, congelar os preços podem trazer gravíssimas consequências. O Brasil já experimentou o congelamento de preços no Plano Sarney. O resultado não foi surpreendente: em semanas os itens básicos começaram a faltar nas prateleiras do mercado.

A criação de riquza

Se as coisas são escassas, então basta imprimir dinheiro para que as pessoas possam comprar mais coisas, correto? A resposta é NÃO. O dinheiro também é uma mercadoria, ou seja, ele também está sujeito às leis da escassez.

Se as pessoas têm mais dinheiro, elas se tornam mais dispostas a consumir. Conforme o consumo aumenta, o preço daqueles bens também aumenta se não houver um aumento de produção de bens.

Com um aumento de preço, os bens se tornam mais caros e aquele dinheiro perde o seu poder de consumo. Ou seja, a quantidade de bens que cada unidade monetária pode comprar é cada vez menor.

O que é inflação?

Como a economia cresce de verdade?

O que é capaz de tornar uma sociedade mais rica e próspera é o aumento da capacidade de produção de sua economia. Através de técnicas modernas de produção, é possível criar mais bens utilizando menos recursos.

Ou seja, imprimir dinheiro apenas aumenta os preços dos bens que já foram produzidos. Portanto, a sociedade deve valorizar a poupança e a aplicação de maior tecnologia, diminuindo o custo de produção e aumentando a eficiência.

A sociedade deve tornar o seu trabalho cada vez mais qualificado e especializado para aumentar a sua fronteira de possibilidades na produção de bens. Veja o vídeo abaixo de Milton Friedman, prêmio Nobel em Economia (1976).

A importância da poupança

A poupança é o ato de se abster do consumo hoje para obter um maior consumo no futuro. As pessoas alocam seu consumo no tempo, ou seja, há um custo econômico para tomar esta decisão. Esse custo é o preço do dinheiro, que é a taxa de juros.

Quanto mais poupança na sociedade, mais dinheiro para empréstimos há disponível na sociedade. Portanto, a taxa de juros é menor, o preço do dinheiro fica mais barato no presente.

Como o consumo está ajustado para o futuro, os empresários podem obter empréstimos para tornar sua linha produtiva mais complexa, oferecendo mais bens no futuro. Portanto, a sociedade se torna mais rica e produtiva através da poupança.

Não existe almoço grátis

Esta foi uma frase proferida por Milton Friedman, ele mesmo, o homem do vídeo acima. Ele quis dizer que com a mesma mão que o governo te dá, ele arranca de você e de outras pessoas através dos impostos.

Portanto, não existe saúde pública e gratuita, você paga por isso. Cada cidadão japonês já deve US$ 90.000 ao nascer, além disso, as dívidas que os governos contraem crescem cada vez mais.

 gráfico mostrando endividamento da economia

Não existe solução mágica

A economia é uma das disciplinas mais complexas que existe. Até hoje existem debates sobre as melhores soluções econômicas para levar ao crescimento.

Apesar de alguns problemas parecerem de fácil resolução, há inúmeras variáveis e consequências que devem ser levadas em consideração antes que uma decisão seja tomada.

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