De acordo com Alerzio, analista da Santiment, o dia 11 de abril é importante para o Bitcoin (BTC) e pode confirmar uma possível tese relacionada ao halving.
O halving é o evento econômico mais importante para o Bitcoin, ele ocorre de forma programada a cada 4 anos, aproximadamente, e corta pela metade a emissão de novas moedas na rede.
O histórico do gráfico de preço do BTC claramente mostra que o halving é visto com bons olhos pelos traders, e a própria comunidade não nega que vê o evento como algo extremamente bullish (positivo).
Para o analista Alerzio, porém, o halving se divide em 3 fases quando estamos falando de impactos no preço do bitcoin. A primeira é a alta de preços que acontece logo em seguida do halving na rede (11/07/16 e 4/3/20 foram as duas últimas).
A segunda é o “clímax”, o pico da cotação do BTC após o final da corrida de alta impulsionada pelo halving. Curiosamente, nos últimos dois halvings o clímax aconteceu exatamente 518 dias após o evento.
A terceira fase é menos empolgante, é a correção que acontece por volta do meio do caminho entre um halving e outro. De acordo com o analista:
“Com base no ciclo anterior, na mesma linha do tempo, o preço do BTC estava lutando com uma resistência importante e não conseguiu quebrar o chamado nível de resistência que causou a continuação de um mercado de baixa de longa duração.
E sobre a situação atual? A resistência importante no caminho é os US$ 50.000. O dia 11 de abril de 2022 é a correção do Mid-Halving do ciclo em curso e se o preço conseguir se estabilizar acima desse nível, então podemos dar mais crédito à tese que diz: ‘este ciclo é diferente dos outros.'”.
Se a história se repetir, então veremos uma correção de preços causando prejuízo aos holders. Porém, não é nisso que a Santiment acredita, já que as métricas on-chain que observam as baleias e a atividade de rede indicam um cenário diferente.
Em julho de 2018, na terceira fase do penúltimo halving, o Bitcoin enxergava cerca de 600 mil endereços ativos diários, mas agora a rede possui quase 900 mil. “A atividade da rede foi reduzida”, diz Alerzio. “Mas ainda é muito maior do que o halving anterior. Isso pode ser sinal de maior uso da rede em comparação com 2018.”
Além disso, as baleias estão muito mais confiantes neste ciclo do que no anterior, conforme demonstra a quantidade de carteiras que guardam milhares de bitcoins.
Em julho de 2018, as baleias estavam indecisas e após um curto período de tempo os detentores com saldo de 100 a 1.000 BTC começaram a vender seus bitcoins enquanto os mais ricos eram os compradores. Essa camada de investidores (com saldo de 1.000 a 10.000 BTC) já começou a acumular mais bitcoins enquanto estamos a apenas uma semana da “correção do mid-halving”.
Dessa forma, o analista concluiu que não acredita em outro movimento de baixa daqui a 7 dias. Como os participantes do mercado estão reagindo de forma diferente, o ciclo irá tomar seu próprio rumo.
Isso não significa necessariamente que estamos indo para a lua, mas que a tendência do preço do BTC será madura, porque os investidores estão amadurecendo, concluiu Alerzio.
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