O controverso empresário australiano Craig Wright teve o seu processo contra desenvolvedores do Bitcoin negado pelo Tribunal Superior de Londres.
O processo decorre da alegação do cientista da computação de que ele perdeu bilhões de dólares em bitcoin em uma carteira vinculada ao hack da agora extinta exchange Mt. Gox.
Os advogados de Wright alegaram que as chaves privadas de sua carteira foram roubadas por hackers em 5 de fevereiro de 2020.
Notavelmente, o endereço em questão continua a deter 79.957,21 BTC, aproximadamente US$ 3,5 bilhões no momento da redação.
A lista de réus no processo de Wright inclui 16 desenvolvedores do Bitcoin (BTC) de alto nível, incluindo Pieter Wuille, Peter Todd e Gregory Maxwell.
Em maio de 2021, o Tribunal Superior de Londres permitiu que a Ontier LLP, o escritório de advocacia que representa Wright e sua Tulip Trading Limited (TTL), apresentasse reivindicações contra os réus.
O autoproclamado Satoshi exigiu que os desenvolvedores lhe concedessem acesso ao endereço mencionado que contém quase 80 mil bitcoins, argumentando que os devs devem a ele “deveres fiduciários”, de acordo com a lei inglesa.
No entanto, o tribunal diz que não há alegação de que qualquer um dos desenvolvedores tenha “qualquer envolvimento” com o hack do Mt. Gox. Por isso, rejeitou os esforços de Wright para impor um dever legal sobre os programadores que contribuíram para o código do Bitcoin voluntariamente.
A juíza Sarah Falk afirmou que as provas apresentadas por Wright “não foram suficientes” para concluir que todo o caso “não passava de uma fantasia”.
Atualização: Wright afirmou que irá apelar do julgamento desfavorável, provavelmente apenas queimando mais dinheiro em um processo que não terá resultado na prática. Mesmo que algum juiz acate o pedido, como sabemos, é preciso ter posse da chave privada para mover uma quantia de BTC de um determinado endereço.
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