“A inflação é como o alcoolismo, em ambos os casos, quando você começa a beber ou quando começa a imprimir muito dinheiro, os bons efeitos vêm primeiro, os ruins vêm depois.”, Milton Friedman.
Este ano foi um marco na história do dólar, com mais de 22% de suas unidades sendo emitidas apenas em 2020, e enquanto isso apenas 377100 bitcoins foram minerados no mesmo período, o equivalente a US$ 4,2 bilhões. As consequências disso ainda estão para ser vistas, mas já podem ter sido precificada pelo mercado.
Conforme mostra o Federal Reserve de St Louis, a única unidade do banco central americano que publica dados, um total de 1,564 trilhões de dólares foram emitidos este ano.
Uma das principais propriedades de uma boa moeda é a escassez, mas talvez mais importante que isso seja a previsibilidade. O Bitcoin, como criptomoeda, oferece as duas coisas.
Como explicamos no artigo “Halving: O que muda para investidores e mineradores?“, por causa das recompensas dos mineradores, do halving e do ajuste de dificuldade de mineração, o aumento da oferta de bitcoins é previsível e apresenta formato logarítmico.
Entretanto, quando a quantidade oferta circulante depende de decisões políticas, como é o caso das moedas fiduciárias, elas podem ser um tanto imprevisíveis.
Dessa forma, o aumento anual é sempre uma surpresa, e muitas vezes o resultado pode ser devastador.
In 2021 the bitcoin supply will inflate 1.79%
— Jameson Lopp (@lopp) October 12, 2020
In 2021 the USD supply will inflate… pic.twitter.com/LwGVgmgccI
“Em 2021 a oferta de bitcoin vai aumentar em 1,79%. Em 2021 a oferta de dólares americanos vai aumentar em…”, tuitou Jameson Lopp, desenvolvedor do Bitcoin.
Por fim, a valorização do Bitcoin no par dólar tem sido de +58,85% desde o começo do ano até hoje. Resultado provavelmente impulsionado pelo crescente número de investidores e empresas acumulando bitcoin como proteção contra inflação.
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