Como resultado das políticas para auxiliar a economia durante a crise do covid19, o Banco Central dos Estados Unidos (FED) vem comprando trilhões de dólares em ativos.
Segundo dados da Bloomberg, o FED já comprou o equivalente a 30% do PIB dos Estados Unidos em ativos: tais como títulos do governo, dívidas com lastro, além de emprestar trilhões para corporações e cidades.
De fato, o Banco Central comprou US$41 bilhões em ativos por dia, desde 15 de abril.

No gráfico acima, podemos ver o balanço de ativos dos bancos centrais durante o tempo.
O FED não está só
Repare que a linha em marrom é do Banco Central do Japão (BoJ). O país asiático tem em sua balança de ativos cerca de US$5,4 trilhões, ou seja, mais do que o próprio PIB do país em um ano. O BoJ também tem cerca de 5% do mercado acionário, através de ETFs.
Nos Estados Unidos a situação chegou a 30% do PIB, contudo, especialistas acreditam que essa compra irá continuar nos próximos anos.
“Por enquanto, o Fed e o Banco Central Europeu continuarão aumentando suas compras”, disse Yoshinori Shigemi, estrategista de mercado global do JPMorgan Asset Management Japão.
Mas o que isso significa?
Tanto o Japão, quanto o FED estão comprando ativos reais para tentar estimular a economia. O BoJ, ao comprar ativos, queria aumentar a quantidade de dinheiro em circulação para causar inflação.
Exatamente, a economia do Japão foi por muito tempo deflacionária, ou seja, os preços dos produtos reduziam em vez de aumentar. Para alguns economistas, a deflação é algo negativo.
Já o FED tenta acalmar os mercados e manter a economia ativa, entretanto, o governo deixa claro que não quer gerar inflação.
Em ambos os casos, temos o Estado aumentando seu controle sob a economia usando impressão de dinheiro. Não sabemos quais serão os efeitos dessas medidas e até quando elas podem durar.
Teremos uma hiperinflação em um futuro próximo? Não sabemos, contudo, é sábio se proteger.
Veja também: Quais são as moedas mais usadas durante uma crise
