No sábado (12), Felipe Neto lançou seus primeiros NFTs usando a plataforma 9Block. Mas já se antecipando as possíveis críticas em relação aos supostos impactos ambientais que as criptomoedas causam, o youtuber tuitou que a plataforma, baseada na Hathor Network, “não deixa pegada de emissão de carbono no meio ambiente”.
Como explicou o perfil da Paradigma Education no Twitter, a rede Hathor, criada por brasileiros, usa o mesmo algoritmo de mineração que o Bitcoin e “inclusive, aceita os mesmos mineradores”. Portanto, uma “propaganda verde” implicitamente anti-bitcoin não faria o menor sentido.
@felipeneto isso é uma falácia
— Paradigma Education (@ParadigmaEdu) June 13, 2021
A sua blockchain usa os mesmíssimos mineradores do #Bitcoin, e, se ela "não deixa pegada de emissão de carbono no meio ambiente" (wtf?), o #bitcoin também não deixa.
Dá uma estudada, corrige e bola pra frente!https://t.co/v9wXjZWo8h
Vale notar que a Paradigma diz que conhece e admira membros do time da Hathor, ou seja, os comentários servem apenas para esclarecer o tema e entender se Felipe Neto errou ou não ao afirmar que a plataforma não tinha pegada de carbono.
A Hathor Network utiliza o mesmo modelo de consenso do bitcoin, que é a prova de trabalho com uso de energia elétrica, e além disso, faz proveito do merged mining com BTC. De acordo com tweet da ParadigmaEdu, a rede possui cerca de 200 milhões de tokens e 1 bilhão pré-minerado.
😏 1 BI tokens foram pré-minerados
— Paradigma Education (@ParadigmaEdu) June 13, 2021
tem 200 M em circulação
♻️ a NARRATIVA VERDE vem da ideia de DAR tokens PRE-MINERADOS pra MINERS que mandem uma foto de uma conta de luz para a Hathor (??) "provando que a energia vem de fonte renovável"
entendemos corretamente? pic.twitter.com/6lcgnTvrAs
O envio de tokens pré-minerados para aqueles que provarem que usam mineração via renováveis foi confirmado por Guto Martino, marketing da Hathor, que ressaltou a necessidade de diligência da F2Pool para o recebimento dos tokens.
Martino, porém, não gostou do tom dos tweets da Paradigma e respondeu.
Para explicar o merged mining, Bernardo Quintao fez uma analogia com uma “carona” de bicicleta em um ônibus.
Por conta do uso de energia que é constantemente comparado ao gasto de pequenos países como Argentina, a mineração de bitcoin é atacada na mídia como vilã na questão do aquecimento global. Porém, em matérias tradicionais entram todo tipo de cálculo errôneo como dividir o gasto por número de transações e outras bizarrices.
Também se esquecem de fazer outras comparações igualmente verdadeiras como: a rede do BTC gasta a mesma quantidade de energia anual que luzes de decoração natalina nos Estados Unidos.
Após ler a conversa acima, qual a sua opinião sobre a suposta pegada de carbono de uma rede com merged mining e o esforço para tornar as redes de criptomoedas mais verdes? Deixe seu comentário abaixo.
ATUALIZAÇÃO: Felipe Neto muda o tom sobre pegada de carbono de seus NFTs
Após a repercussão da discussão sobre a emissão de CO2 da rede Hathor, Felipe Neto alterou a forma que divulga seus tokens não fungíveis da 9Block.
Ao revelar seu terceiro NFT, uma carta anjo dourada, disse que a Hathor Network “deixa pegada mínima na emissão de carbono no meio ambiente.”
A plataforma 9Block é baseada na network HATHOR, q deixa pegada mínima na emissão de carbono no meio ambiente.
— Felipe Neto (@felipeneto) June 15, 2021
Vendas serão por cartão de crédito ou cripto.
Estude sobre criptomoedas e NFT, priorize quem está mais comprometido com o meio ambiente.https://t.co/tQWqUw9hsD pic.twitter.com/3w9OrsC6lA
“Fizemos o cabra mudar de ideia em 3 dias simplesmente por chamar a atenção para o erro
Educação > FUD”, tuitou o perfil Paradigma Education.
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