Em 8 de fevereiro de 2018, mais de 15 milhões de Nanos (antiga Raiblocks ) foram roubadas da corretora italiana BitGrail.
Muitas acusações foram trocadas entre os desenvolvedores da Nano e o dono da Bitgrail, Francesco Firano “The Bomber”. Ficou claro que a falta de segurança estava na corretora e não na criptomoeda.
A Bitgrail guardava os fundos em uma carteira quente, ou seja, uma carteira online que também era utilizada para saques. Tal medida é horrível para a segurança dos fundos, o correto seria a exchange guardar a maior parte dos fundos em uma carteira fria, como faz a Foxbit por exemplo.
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Brola conta Nano, o caso
Alex Brola foi um dos usuários afetados pelo hack, ele detinha 16.790,171 XRB, valor aproximado de 237.000 dólares na cotação do dia 08/02. Inicialmente Alex defendia um “rescue fork” para a Nano, ou seja, a ideia era que a rede fosse reiniciada antes do hack, o que permitiria aos usuários o resgate dos fundos.
Tal procedimento foi feito anteriormente na rede Ethereum, após o hack da aplicação The DAO o blockchain foi reiniciado para uma data antes do hack. Tal atitude foi suportada pela maior parte dos mineradores e desenvolvedores da rede Ethereum, entretanto, aqueles que não concordaram continuaram com a cadeia principal, resultando no Ethereum Classic.
Os desenvolvedores da Nano, bem como grande parte da sua base de usuários não apoiou tal medida. Então, Alex Brola ingressou com um processo contra os principais desenvolvedores da Nano

Ele também ressaltou que os desenvolvedores da Nano trabalharam para fazer a integração com a BitGrail, para ele isso daria também responsabilidade aos desenvolvedores da criptomoeda.
O autor do caso queria a restituição dos valores roubados, juros e pagamento pelos custos do processo.
É claro que a ação não deu certo, em um comparativo com instituições tradicionais seria como se o Banco Central fosse responsável por todos os roubos de reais no Brasil.
Fim do caso
Juntamente com o update da versão 16.1 do software da Nano, a equipe de desenvolvimento anunciou o fim do processo.
O requerente teve que retirá-lo por falta de mérito no caso, ou seja, o processo foi encerrado.
Como eu disse acima, não faz sentido processar a equipe de desenvolvimento de uma criptomoeda por um hack em uma exchange.
O escritório que processou os desenvolvedores da Fundação Nano, Silver Miller, é conhecido por processos contra exchanges como a Coinbase, carteiras de criptomoedas e outras empresas dessa área. Mas não foi dessa vez que eles ganharam.
E você, o que acha desse caso? Os desenvolvedores forem responsáveis? Deixe nos comentários sua opinião.
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