O homem que dirigia a agora falida exchange BitGrail pode estar por trás de uma série de hacks que roubaram 120 milhões de euros (R$ 754 milhões) em criptomoedas de sua própria plataforma, afirmou a polícia italiana na segunda-feira.
Estima-se que 230 mil usuários da BitGrail perderam fundos nas invasões, que tiveram como foco as reservas da criptomoeda Nano da plataforma, conforme relatado pela Reuters.
A polícia disse que o perpetrador, um homem de 34 anos de Florença nomeado apenas como “F.F.”, está por trás das violações ou não tomou nenhuma medida para evitá-las depois que o primeiro ataque veio à tona.
O fundador da BitGrail se identifica como Francesco The Bomber Francy e uma certa vez tuitou a seguinte frase:
"Either you die as a programmer, or you live long enough to become a scammer"
— Francesco The Bomber (@bomberfrancy) February 20, 2018
I'm still coding for BitGrail re-open…
“Ou você morre como um programador ou vive o suficiente para se tornar um golpista”
tuitou o CEO da Bitgrail.
Ivano Gabrielli, diretor do centro nacional para crimes cibernéticos, disse no relatório da Reuters que “ainda não está claro se ele participou ativamente do roubo ou se simplesmente decidiu não aumentar as medidas de segurança após descobri-lo”.
Enquanto em fevereiro de 2018, F.F. contatou a polícia italiana para relatar o primeiro hack, as autoridades italianas disseram que teria sido simples evitar hacks posteriores, mas em vez disso, ele “falhou conscientemente em evitá-los”.
O acusado enfrenta acusações de fraude informática, falência fraudulenta e lavagem de dinheiro.
A quantidade perdida nos ataques é a maior em um hack na Itália e uma das maiores do mundo, de acordo com a polícia.
No Twitter, o fundador da exchange se pronunciou sobre os comentários da polícia:
FAQ
— Francesco The Bomber (@bomberfrancy) December 21, 2020
1. Sì, sto bene.
2. No, non mi hanno arrestato.
3. No, non sono ai domiciliari.
4. Sì, la stampa ha scritto una cazzata.
5. La polizia postale si è data alla macchia invece di far rettificare gli articoli.
Grazie e arrivederci alla prossima accusa.
“[Respondendo] perguntas frequentes:
1. Sim, estou bem.
2. Não, eles não me prenderam.
3. Não, não estou em prisão domiciliar.
4. Sim, a imprensa escreveu besteira.
5. A polícia postal escondeu-se em vez de retificar os artigos.
Obrigado e até a próxima.”