Com os mercados de ações ainda tentando se recuperar do marasmo observado no primeiro semestre, cada vez mais investidores estão buscando estratégias para preservar ou aumentar seu capital.
O gerente de ativos do Cresset Capital, Jack Ablin, explicou em entrevista à Squawk Box como ele está lidando com a volatilidade do mercado, destacando algumas das principais em sua opinião.
Segundo Ablin, investidores devem investir seu dinheiro em empresas com balanços de alta qualidade, dividendos fortes e consistentes, e que estão sendo “negociadas com um desconto considerável em relação ao resto do mercado.”
Sua carteira de “produtores de qualidade e dividendos” inclui Exxon Mobil (XOM) e Chevron (CVX) no setor de energia, e Coca-Cola (KO) e McDonald’s (MCD) no setor de consumo. Segundo o gerente, essas empresas possuem “uma história de 25 anos de manutenção e crescimento de seus dividendos.”
As ações da Exxon Mobil e da Chevron aumentaram 36,1% e 20% respectivamente este ano, ajudadas pela alta dos preços do petróleo. Mas Ablin pensa que as ações ainda parecem baratas em relação às de seus pares.
Dividendos são o futuro
Pelo menos pelos próximos quatro trimestres, segundo Ablin. Para ele, qualidade e dividendos são provavelmente “as coisas mais importantes a serem consideradas” no período.
Ele observou que ações de qualidade estão sendo negociadas com o “maior desconto” para o resto do mercado que ele já viu.
As chamadas ações de qualidade têm várias características, como baixa dívida, ganhos estáveis e crescimento consistente dos ativos. Enquanto isso, as ações de dividendos também estão crescendo em popularidade ao passo que investidores estão optando por ações que oferecem relativa segurança e rendimentos mais altos.
Ablin também acredita que as ações da FAANG “voltarão à moda” quando pandemia acabar, o grupo e refere às ações de cinco grandes empresas de tecnologia: a ex-Facebook, Meta (META), a Amazon (AMZN), a Apple (AAPL), a Netflix (NFLX), e a empresa-mãe do Google, Alphabet (GOOGL).
Com relação à possibilidade de uma recessão nos EUA, Ablin reconheceu que os riscos estão aumentando, mas disse que não espera uma queda como a de 2008, e que provavelmente não vai durar tanto.
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