Os gestores de fundos e investidores institucionais estão optando cada vez mais por investir em bitcoin em vez de ouro. Eles enxergam a criptomoeda como uma ótima reserva de valor e uma proteção preferencial contra a inflação das moedas fiduciárias.
Durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de sua empresa na semana passada, o CEO da Galaxy Digital Holdings, Mike Novogratz, falou sobre o bitcoin ser uma reserva de valor melhor do que o ouro. “Ainda acho que o ouro provavelmente era um ativo bom para se possuir neste ambiente”, ele enfatizou que “Ele acabou de ser esmagado pelo bitcoin.”
Novogratz adicionou: “Bitcoin é apenas uma versão melhor de um valor armazenado e está sendo aceito em um ritmo acelerado … Existem agora mais de duzentos milhões de pessoas em todo o mundo que participam do ecossistema bitcoin, e ele continua a crescer.”
O fundador da Skybridge Capital, Anthony Scaramucci, também espera que o bitcoin supere o ouro. Ele disse na semana passada que o bitcoin “acabará por eclipsar o ouro”. Ele tem dito que ainda é muito cedo para o bitcoin, prevendo que o preço da criptomoeda chegará facilmente a US$ 500 mil. Ele pede aos investidores que possuam algum BTC agora.
Em uma discussão sobre capitalização de mercado, Scaramucci opinou:
“Acho que provavelmente será dez vezes melhor do que o ouro em um longo período de tempo … Não vou ficar surpreso se o bitcoin subir a uma taxa exponencial e o ouro a uma taxa linear”.
Outro famoso gestor de fundos que admitiu recentemente que prefere bitcoin ao ouro é Paul Tudor Jones. Ele disse no mês passado que prefere o bitcoin como um hedge contra a inflação no cenário econômico atual, afirmando:
“Claramente, há um lugar para a criptomoeda. Claramente, ela está ganhando a corrida contra o ouro no momento … Seria o meu preferido sobre o ouro no momento”.
O banco de investimento global JPMorgan, concordando com a tese, disse em outubro que os investidores institucionais têm trocado ouro por bitcoin.
“Os investidores institucionais parecem estar voltando ao bitcoin, talvez vendo-o como uma melhor proteção contra a inflação do que o ouro”, descreveram os analistas da empresa.
O ouro falhou em responder às crescentes preocupações sobre as crescentes pressões de custo, e a mudança dos ETFs de ouro para fundos de Bitcoin acelerou.
“Essa mudança de fluxo permanece intacta, apoiando uma perspectiva de alta para o Bitcoin no final do ano”, disseram os estrategistas da JP Morgan.
Em setembro, a Microstrategy, empresa pró-bitcoin listada na Nasdaq, disse que evitou “um erro de bilhões de dólares” ao escolher bitcoin em vez de ouro no ano passado. A empresa agora concentra cerca de 114.042 BTC. O CEO Michael Saylor ainda declarou na semana passada que espera que o bitcoin se torne uma classe de ativos de US$ 100 trilhões.
“Está muito claro que o bitcoin está ganhando, o ouro está perdendo … e isso vai continuar … É muito claro que o ouro digital vai substituir o ouro nesta década”, opinou Saylor.
O chefe de pesquisa de energia do Goldman Sachs disse recentemente que viu fundos saindo do ouro para o bitcoin. “Assim como argumentamos que a prata é o ouro do pobre, o ouro talvez esteja se tornando a criptografia do pobre”, observou o executivo.
Não só os gestores de fundos e investidores institucionais, estão trocando o ouro pelo bitcoin, como também mais investidores brasileiros estão enxergando na criptomoeda uma melhor alternativa para proteger o seu poder de compra e também proteger-se da inflação.
Estes investidores estariam com medo do fim do real? O que sabemos é que de acordo com o Banco Central do Brasil, R$ 19 bilhões em criptoativos foram importados em 2021.
