O governo do Kuwait, um pequeno país dependente de petróleo no Oriente Médio, decidiu banir sumariamente qualquer pagamento, negociação, uso de Bitcoin, ou qualquer outra criptomoeda.
Segundo comunicado oficial da Autoridade do Mercado de Capitais do país, a medida foi imposta para evitar o financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro. Como resultado, foi emitido um documento recomendando uma “proibição absoluta de usar criptoativos como meio de pagamento ou reconhecê-los como moeda descentralizada”.
A lei também afirma que os “preços desses ativos são sempre impulsionados pela especulação que os expõe a um declínio acentuado.” Apesar disso, o Dinar Kuwaitiano (moeda do país) caiu 98,91% perante o bitcoin.
O Bitcoin não liga!
Mesmo com a proibição, ainda há nodes de bitcoin no Kuwait. Dados do site Bitnodes, mostram pelo menos 2 nós da rede ainda ativos, mesmo depois da publicação do decreto.
Os nós de bitcoin, fazem a transmissão de informações como transações e outros dados, sendo o reconhecimento tácito que a criptomoeda é uma moeda descentralizada.
Não seria de se surpreender se o Bitcoin continuasse sendo usado no país. Isso porque, em setembro de 2021, o governo chinês baniu a negociação e mineração de criptoativos no país. Contudo, segundo reportagem da Coindesk, há fortes indícios de que a mineração continuou. Não só isso, mas a compra e venda de criptoativos via mesas de negociação e chats privados aumentou na China.
O Bitcoin é um ativo anti-frágil, isso significa que quanto mais a rede sofre, mais resistente ela tende a ficar. Provavelmente os usuários de bitcoin no Kuwait terão que usar tecnologias triviais mas que melhoraram a privacidade como a carteira Samourai Wallet, mixers de bitcoin e a rede Tor para esconder suas negociações.