O mercado financeiro elevou a estimativa para a inflação em 2021 pela 23ª semana consecutiva, segundo relatório FOCUS divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. A projeção chegou a 8%.
No mês passado, a previsão era de 7,05%. O teto da meta oficial do Conselho Monetário Nacional é 5,25%.
Os economistas ouvidos pelo BC também elevaram a estimativa para a taxa básica de juros para 8% até o fim do ano. Atualmente, a taxa está em 5,25% ao ano.
Para piorar a situação, a projeção para o PIB caiu mais uma vez, passando de 5,15% para 5,04%.
Alta do INPC pode elevar despesas federais em cerca de R$ 18 bi em 2022
O aumento nas despesas vai ocorrer pois o Projeto de Lei Orçamentária Anual foi elaborado com base na projeção de 6,2% de aumento do INPC este ano; a taxa deverá fechar 2021 na casa dos 8,5%.
A alta do INPC, então, pode elevar as despesas federais em cerca de R$ 18 bilhões.
O teto de gastos para 2022 está fixado em R$ 1,610 trilhão. São R$ 136,6 bilhões a mais do que o teto de 2021. Ainda assim, essa quantia extra já está comprometida com pagamento de sentenças judiciais (os precatórios) e outros gastos como benefícios sociais. O aumento nas despesas complica a situação do governo federal.
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A área econômica já buscava soluções para acomodar o pagamento dos precatórios –que somam R$ 89 bilhões no próximo ano – sem comprometer o funcionamento da máquina pública. Agora, precisa se preocupar com a despesa extra causada pela inflação.
Uma das soluções que o governo já estuda é via aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, que permite o parcelamento das maiores dívidas. Outra alternativa é buscar entendimento com o Judiciário para reduzir o valor pago com precatórios em 2022.
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