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Mais da metade do volume de bitcoin nas exchanges é falso, segundo estudo da Forbes

Jornal pegando fogo

Um recente estudo da Forbes Digital Assets estima que cerca de 51% de todo volume de negociação de BTC nas exchanges é falso, decorrente de wash trading ou manipulação de dados.

Volume de bitcoin nas exchanges é duvidoso

A Forbes Digital Assets, braço de criptoativos da revista econômica de referência no mundo, publicou um estudo recente exclusivo nesta sexta-feira (26 de agosto) sobre o volume de negociação de BTC nas exchanges.

De acordo com a revista, foi utilizado um método misto de análise quantitativa e qualitativa, com quatro diferentes fontes de dados de terceiros, além de uma investigação dentro de 157 exchanges de criptomoedas. As fontes de terceiros foram: CoinMarketCap, Coingecko, Nomics e Messari.

Não existe um método conclusivo e aceito de forma unânime pelo mercado para calcular o volume de bitcoin nas exchanges, mesmo entre as empresas de pesquisa mais conceituadas do setor. Por exemplo, no momento em que o estudo original foi escrito, cada uma das fontes informava o volume de negociação de BTC nas exchanges das últimas 24 horas em:

  • CoinMarketCap: US $32 bilhões;
  • Coingecko: US $27 bilhões;
  • Nomics: US $57 bilhões; e
  • Messari: US $5 bilhões.

A disparidade é tanta, que entre o menor e o maior volume de bitcoin nas exchanges reportados por estas plataformas de análise, a Messari (menor) reportava menos de 10% da Nomics (maior).

Menos da metade do volume reportado é real

Ao investigar minuciosamente todos os dados, o estudo da Forbes concluiu que mais da metade de todo o volume de negociação relatado provavelmente é falso ou inflado artificialmente.

A revista estima que o volume de negociação de BTC diário para a indústria foi de US $128 bilhões em 14 de junho. Isso é 51% menor do que os US $262 bilhões que se obteria a partir da soma do volume auto-relatado de várias fontes.

Em termos de quanta atividade de bitcoin ocorre nas maiores empresas, 21 exchanges de criptomoedas geram US $1 bilhão ou mais em atividades diárias de negociação, enquanto as próximas 33 exchanges tiveram um volume entre US $200 milhões e US $999 milhões em todos os tipos de contratos, spot, futuros e perpétuos.

A Binance é a líder evidente, com 27% de todo volume de bitcoin nas exchanges, seguida pela FTX. Olhando apenas para o bitcoin spot, a primeira posição é compartilhada por Binance, FTX e OKX.

No dia 08 de julho, a Binance foi acusada de facilitar a prática de wash trading, ao retirar a taxa operacional de negociação de Bitcoin e oferecer recompensas sobre o volume negociado na plataforma.

Conforme observado pela Forbes, os maiores volumes de negociação de BTC nas exchanges estão em pares como o Iene Japonês (JPY) e o Won Coreano (KRW). Diferente do que muitos poderiam pensar, como o Dólar Norte-Americano (USD) ou a Libra Esterlina (GBT).

As stablecoins são as responsáveis pela maior parte do volume, com destaque para o TetherUSD (USDT) e o BUSD, na Binance.

Em 2019, a Bitwise publicou um estudo ainda mais chocante, que afirmava que mais de 95% de todo volume de Bitcoin nas exchanges era originado de wash trading ou declarações mentirosas.

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA define wash trading como: “entrar ou pretender entrar em transações para dar a impressão de que compras e vendas foram feitas, sem incorrer em risco de mercado ou alterar a posição de mercado do trader”.

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