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Mais queda para o Bitcoin? Falência do DCG poderia implodir os preços de algumas criptomoedas

Barry Silbert, fundador e CEO da DCG e Grayscale.

O mercado de criptomoedas está extremamente preocupado com a situação financeira da empresa de capital de risco Digital Currency Group (DCG). 

Fundada em 2015 por Barry Silbert, a DCG investe em diversos projetos de criptomoedas e já foi avaliads em US$10 bilhões, contando com mais de 200 investimentos em empresas de criptomoedas, dentre elas Genesis, Coindesk, Luno e Grayscale.

Agora, a DCG pode estar em péssimos lençóis devido à implosão da FTX, o que pode levar diversas criptomoedas aos seus mínimos históricos.

O dominó do mercado de criptomoedas 

Desde a implosão da FTX, diversas empresas já declararam falência ou dificuldades para pagar seus clientes. Dentre elas a corretora japonesa Liquid, diretamente conectada aos negócios da FTX Group e da própria DCG.

Outra que bloqueou saques foi a Genesis Global, empresa fornecedora de empréstimos em criptomoedas para pessoas jurídicas, tais como corretoras e outros serviços que oferecem ganhos com criptomoedas. A empresa de empréstimos tem US$175 milhões bloqueados na FTX e a companhia mãe por trás da Genesis é a Digital Currency Group. 

Isso significa que o DCG está exposta aos problemas da Genesis e por isso fez uma infusão de US$145 milhões para evitar a declaração de falência do grupo. Contudo, ainda faltam US$30 milhões para cobrir apenas os fundos congelados na FTX. 

Isso porque, a Genesis levou outro prejuízo de 1,2 bilhão em junho devido à falência do fundo Three Arrows Capital. Prejuízo que também recebeu a cobertura da DCG e da Coindesk em notas promissórias. 

DCG está com pouca liquidez, isso pode afetar o preço do Bitcoin?

A falta de US$30 milhões na injeção de liquidez da Genesis levantou mais dúvidas sobre a liquidez da DCG. 

O analista de negócios Adam Cochran fez uma estimativa da quantidade de ativos que a DCG teria como colateral para socorrer empresas parentes, na análise ele acredita que o total de criptoativos (ETH, ETC, ZEN, ZEC e GBTC) não seriam suficientes. 

“Então, para chegar a US $ 1 bilhão, parece que eles teriam que:

-Vender algumas ações

-Vender todo o seu portfólio

-Vender toda sua liquidez

-Vender os negócios Luno/Coindesk/Foundry (se tiver algum valor)

E espero que eles obtenham bons valores por tudo isso.” – afirmou Adam Cochran. 

Não sabemos se o grupo conseguirá ou terá que vender seus ativos, mas provavelmente a pressão de venda será absurda, visto que eles contam com alguns milhões de cada um desses criptoativos. 

Além disso, há dúvidas também sobre a solvência dos próprios fundos de criptomoedas da empresa parente Grayscale, fundos de Bitcoin e ETH estão sendo vendidos com descontos de até 53% devido à desconfiança do mercado e baixa demanda. Para adicionar lenha ao fogo, a Grayscale se recusou a fazer a prova de reservas dos seus fundos. 

Todos esses problemas são catalisadores para uma possível crise ainda maior no mercado de criptomoedas, temos que esperar os próximos movimentos e entender se as análises de ativos da DCG estão corretas ou se Barry Silbert surpreenderá o mercado. 

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