De acordo com a Reuters, na quinta-feira (16) os manifestantes colocaram fogo em alguns bancos em Beirute, capital do Líbano, como protesto às restrições sobre seu próprio dinheiro.
Os manifestantes libaneses também bloquearam estradas durante o protesto, e pelo menos 6 bancos foram alvos de incêndio.
O protesto está relacionado a restrições informais de saques de dinheiro, que vem acontecendo há anos, e condições econômicas em rápida deterioração no país. Com essa restrição, os usuários são ilegalmente impedidos de sacar o próprio dinheiro dos bancos.
Um dos manifestantes disse que toda a população deveria estar protestando já que, em muitas partes do país, as pessoas também estão sem acesso a água e energia elétrica. Enquanto isso, “a máfia de bandidos que está no poder descansa em seus palácios.” Acrescentando a pergunta, “onde estão os direitos humanos?”
Segundo as informações coletadas pela Reuters, os bancos no Líbano estão impondo restrições aos saques em dólares norte-americanos e libras libanesas, no entanto, esse impedimento nunca foi formalizado por lei e, portanto, é ilegal. Para conseguir ter acesso aos seus fundos, muitos tiveram que utilizar processos judiciais e, em alguns casos, até mesmo força bruta.
A libra libanesa perdeu mais de 98% de seu valor desde que o setor financeiro do país implodiu em 2019, quando as restrições começaram. O banco central do país, que lutou para administrar a crise, não respondeu a um pedido de comentários da Reuters sobre o porquê da queda da libra e o que estava fazendo para resolver o problema.
O gabinete do primeiro-ministro do Líbano disse apenas que o governo estava trabalhando para remediar as condições financeiras no país. No entanto, o Líbano deu um primeiro passo para assegurar um resgate do Fundo Monetário Internacional em abril de 2022, mas, quase um ano depois, não conseguiu realizar as reformas necessárias para finalizá-lo.
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