O Conselho de Mineração do Bitcoin divulgou um trabalho compilando os dados sobre o terceiro trimestre de 2022, e informa que a mineração cripto consome 0,16% da produção global de energia, quantia considerada “insignificante” pela organização. Já quanto à eficiência, a mineração do bitcoin aumentou 23% no comparativo anual e 5,814% nos últimos 8 anos.
Apesar disso, a rede do BTC apresentou um aumento de 41% no consumo de energia nos últimos 12 meses, e isso aconteceu pelo aumento da taxa de hash que, inclusive, cresceu 8,34% no terceiro trimestre de 2022.
Vinícius Barbosa, analista da Cointimes, salienta que a hashrate nada mais é do que uma “medida de produção da rede do bitcoin através da quantidade de prova de trabalho que os mineradores conseguem gerar, em um certo espaço de tempo. Quanto mais hashrate está sendo gerada, mais poder computacional está sendo direcionado para a rede, o que significa também maior consumo de energia e maior número de equipamentos trabalhando ativamente”.
Aumenta pressão regulatória na Europa
Um esboço de plano de ação para implementar o Acordo Verde Europeu e o Plano REPowerEU foram publicados na última terça-feira, dia 18.
Estas iniciativas interessam ao criptomercado porque o impacto ambiental da mineração virou um ponto de atenção para a União Europeia, onde até o EU Blockchain Observatory and Forum deseja que algo seja feito para minimizar esses efeitos adversos sobre o clima.
Recentemente, foi pedido aos Estados-Membros que implementem ações para reduzir o consumo de eletricidade na mineração, especialmente em um momento onde o continente sofre os efeitos adversos de uma baixa no aporte de energia vinda da Rússia.
Há muita pressão por regulações mais rígidas na Europa, que inclusive em março de 2022 chegou a cogitar a possibilidade de proibir a mineração de criptomoedas no continente – mas isso foi rejeitado.
É importante salientar que as pressões regulatórias podem encarecer ainda mais a atividade e, em alguns casos, até diminuir ou centralizar, temporariamente, a hashrate.
Fonte: Exame
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