O polímata, criador do termo “smart contracts” e cypherpunk Nick Szabo fez um grande alerta seu Twitter na madrugada desta quinta-feira.
“Os ativos digitalizados centralizados são profundamente inseguros. Não coloque tanto da riqueza da sua família em ativos que um estranho possa ligar e desligar como um interruptor.”, disse Nick.
Digitally centralized assets are deeply unsafe. Don't put so much of your family's wealth in assets that some stranger can turn on and off like a switch.
— Nick Szabo 🔑 (@NickSzabo4) May 20, 2020
A declaração é feita depois do smart-contract tBTC ter sido desativado por 10 dias por conta de um bug que poderia interromper o saque de bitcoins dos contratos. O tBTC é um token na rede Ethereum (padrão ERC-20) que permite o uso do DApp (aplicativo descentralizado) tBTC para depósitos de bitcoin no sistema enquanto ele gera um token na carteira do Ethereum.
Os desenvolvedores viram o bug e como em um apertar de botão pararam o Dapp, agora, a equipe coletou 99,83% de todos os tBTCs e está oferecendo a devolução dos bitcoins.
O comentário de Nick também serve para moedas digitais criadas por bancos centrais, como a moeda chinesa que detalhamos no post “O pesadelo chinês está chegando para o dólar, diz Forbes”.
A União Europeia, Facebook e até mesmo o Brasil caminham a passos largos para a criação de sistemas com ativos digitais centralizados. O grande problema desses ativos é que eles dão enorme poder para os Bancos Centrais, companhias e governos, já imaginou sendo banido do sistema do Facebook por ter se expressado da forma errada? E acordar um dia e perceber que o plano Collor 2.0 foi executado com sucesso em um apertar de botão em Brasília?
Pois é, se você acredita que o cenário distópico de confisco está longe de acontecer veja a opinião de um dos mais respeitados investidores brasileiros no post “Estamos no “Grande Plano Collor Mundial”, afirma Luis Stuhlberger”.