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O Bitcoin morreu de novo e ainda vai morrer muitas vezes

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O Bitcoin Morreu?

Não é novidade que o Bitcoin vem apresentando seguidas desvalorizações ao longo do ano. Nessa última semana, as seguidas quedas acentuadas levantam questionamentos de novatos às pessoas experientes da comunidade: será que o Bitcoin morreu? Afinal, a criptomoeda já desvalorizou mais de 70% em relação a sua alta histórica. Muitas pessoas que compraram na alta levaram prejuízo, o que assustou os novos entrantes no mercado.

É bastante comum entrar no Reddit ou em outros fóruns e ver pessoas extremamente pessimistas. “O Bitcoin fracassou”, é o que está dito em consonância por um parte dos membros dessas comunidades. Mas a verdade é que o Bitcoin está longe de fracassar. Afinal, seus fundamentos ainda são os mesmos: é um ativo digital escasso e à prova de fraudes, censuras e confiscos, possibilita transações mundiais e bem abaixo do preço oferecido pelos bancos. 

Além disso, Satoshi Nakamoto ainda é anônimo e suas moedas ainda permanecem intactas. Talvez essa característica seja a mais subvalorizada do Bitcoin: o anonimato do seu criador. Isso simplesmente torna o Bitcoin tão diferente de todas as criptomoedas já existentes. Não existe CEO ou um dono coordenando o andamento do projeto de forma centralizada, o que torna a criptomoeda ainda mais confiável. Ele simplesmente nos presenteou com sua criação e foi embora, um ato de altruísmo junto de heroísmo. 

Isso torna o Bitcoin fascinante. Como que um projeto sem dono, sem um rosto famoso ou conceituado por trás conseguiu se desenvolver e atrair milhões de pessoas? Além disso, como ele conseguiu valer mais de R$70 mil com menos de 10 anos de vida? Então é justo dizer que não será uma mera queda no seu preço que vai definitivamente matar o projeto. 

Esses ciclos grandes valorizações seguidas de grandes correções são comuns no Bitcoin, começou em 201o quando ele apresentou uma desvalorização de 94,1% (De US$0,17 para US$0,01). Foi assim também em 2011 quando caiu 93,8% (De $32 para US$1.99). Ele já chegou a valer US$1.100 em 2013 e desabou para US$63 no mesmo ano, uma perda de 94%. Sabe o que todas elas têm em comum? O Bitcoin foi declarado morto por milhares de especialistas e jornais.

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Preço do Bitcoin. Fonte: Bitstamp

Quando tiramos o zoom, é assim que parece a mesma queda: ela fica minúscula quando observamos todo o contexto. Como sempre fez, o mercado se recuperou, o projeto continuou sendo desenvolvido e utilizado por seus apoiadores. Naquela a morte dele havia sido declarada também.

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Preço do Bitcoin. Fonte: Bitstamp.

A bolha da Internet e o Bitcoin

Existem pessoas que comparam o fenômeno das criptomoedas com a Bolha pontocom. Nessa bolha, empresas passavam a valer milhões do dia para a noite só por adicionar o “.com” ou internet em seu nome. O estouro dessa bolha transformou em cinzas milhares de empresas e levou o dinheiro de muita gente embora. Contudo, nessa bolha surgiram empresas como: Amazon, Microsoft e Apple. Um novo mercado foi criado e desenvolvido a partir desse fenômeno.

Naquela ocasião, as ações da Amazon chegaram a valer cerca de 106 dólares. Passada a máxima histórica, os compradores das ações da Amazon viram o preço do ativo encolher para US$5,97, uma perda de 94%. Com certeza é uma perda que machuca o investidor, a empresa e o mercado, mas esse ecossistema continua sobrevivendo e se desenvolvendo.

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Ações da Amazon. Fonte: Yahoo Finance.

 

As ações da Amazon levaram quase 10 anos para recuperar o preço desde a máxima histórica. Contudo, quem acreditou na empresa e comprou ações a US$5,96, pôde vendê-las por US$2.012,71 em 2018 obtendo um retorno de 33.658,38%.

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Ações da Amazon. Fonte: Yahoo Finance

O Bitcoin vai sobreviver, mas é preciso paciência

A Amazon se desenvolveu, criou novos produtos mais rentáveis e se adequou a um novo mercado. Tal como uma das maiores empresas do mundo, o Bitcoin é plenamente capaz de se desenvolver com o passar do tempo porque tem uma equipe de desenvolvedores muito competente e milhares de contribuidores voluntários apaixonados pela ideia.

Se você acredita nos fundamentos do Bitcoin, que ainda são os mesmos, existem bons motivos para comprar mais hoje. Afinal, ainda continuarão existindo apenas 21 milhões de Bitcoins e se tem quem venda a US$4000, também tem quem compre a US$4000. Os embaixadores do pânico e do medo continuarão existindo, desencorajando aqueles que acreditam no projeto.

Quem acredita e está disposto a apostar, deverá ter coragem, frieza e paciência para fazê-lo. Porque aqueles que incentivam o medo vão querer ter feito a mesma aposta que você fez ou está fazendo quando o Bitcoin disparar. O mercado não é para os impacientes que querem ficar ricos do dia para a noite. Esses anseios são punidos fortemente como já vimos acontecer diversas vezes em diferentes mercados.

Pode ser que muitas criptomoedas venham a ter uma desvalorização a ponto de seus criadores abandonarem o projeto. O Bitcoin pode ser uma delas? Nunca se sabe, afinal, o futuro é incerto e especulativo. O ponto é que o Bitcoin continua aí, por mais de 10 anos sem parar de funcionar, proporcionando uma maneira segura e barata de se fazer transações sem qualquer interferência do governo. E isso acontece independentemente do seu preço.

Conclusão

Correções são saudáveis e extremamente necessárias para trazer de volta a razão ao mercado. O Bitcoin não era sustentável a US$19 mil, as altas taxas de transação quase inviabilizaram seu uso. Existiram milhares de tokens que não ofereciam nenhuma solução prática a qualquer problema, contudo, mesmo assim arrecadavam bilhões.

Com o Bitcoin fora de evidência, o mercado ganha tempo para se desenvolver e oferecer facilidade à nova onda de usuários futuros. O processo de adoção de novas tecnologias é lento no começo, mas sempre haverá um “turning point” que potencializa a sua adoção e, o Bitcoin e Blockchain são elas. Ele ainda vai morrer muitas vezes, exatamente como está acontecendo agora e é melhor se acostumar.

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Motivos que ajudam a explicar a queda de preço do Bitcoin

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