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O que você precisa saber sobre tokens digitais de créditos de carbono

Uma planta com moedas de bitcoin, representando sustentabilidade

O clima é uma das preocupações da área ambiental, porque a concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera tem aumentado ao longo dos anos, especialmente em virtude de um modelo econômico baseado no uso de carbono.

Monetização e democratização para pessoas físicas no mercado de créditos de carbono.
Foto: Unsplash

Outros fatores também contribuem com esse resultado, como o aumento do desmatamento, tratamento de lixo/esgoto, liberação de metano do processo digestivo de ruminantes (rebanho de bois e vacas), entre outros.

Em 1997, foi dado o pontapé inicial do mercado de créditos de carbono, com a Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que produziu o Protocolo de Quioto. Este, nada mais é do que um acordo governamental para reduzir e/ou limitar as emissões de GEE, onde 55% dos países, que representavam 55% das emissões, precisavam ratificar os termos para a sua entrada em vigor.

Nesse contexto, a resposta do mercado veio por intermédio de iniciativas para identificar, mapear e compensar a pegada de carbono de suas atividades. Cada tonelada emitida equivale a um crédito, e 7 gases diferentes podem ser negociados (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, perfluorocarbono, hidrofluorcarbono, trifluoreto de nitrogênio, hexafluoreto de enxofre).

No que se refere especificamente à compensação, isso era um assunto direcionado apenas às pessoas jurídicas, pois envolvia o gerenciamento de projetos de reflorestamento com orçamento, recursos, materiais, profissionais e terras dedicadas a esse fim, por exemplo.

Acessibilidade do mercado de crédito de carbono.
Foto: Unsplash

Hoje em dia, no entanto, esse mercado passou por algumas transformações, se modernizou e passou a incluir cidadãos comuns interessados nas suas emissões diárias.

Com um celular na mão pode-se comprar créditos de carbono usando tokens como o MCO2 (grupo Moss), e o Ambify (Ambipar), disponíveis para download em lojas como o Google Play e a Apple Store. 

O token é uma espécie de dinheiro virtual, que circula por bancos de dados (blockchain) que garantem mais segurança contra ataques hackers, transparência no processo de compra no aplicativo (relacionamento com a empresa) e rastreabilidade (autogestão dos investimentos sem a necessidade de ajuda ou terceiros).

O IFood e a Gol são exemplos de empresas que têm usado os tokens MCO2 da Moss para conhecer, calcular e compensar as emissões de suas atividades produtivas. Esta última, informou que o voo da equipe do Palmeiras para disputar a final da Libertadores do ano passado (novembro de 2021) foi 100% compensado, nos dois trechos entre o Guarulhos (Brasil) e Montevidéu (Uruguai).

Já o IFood, através do programa “IFood Regenera”, trabalha para que suas motos já cheguem totalmente neutralizadas no ato da entrega dos pedidos. 

Conforme pode ser visto, essa novidade representa uma evolução do mercado de créditos de carbono, que agora está muito mais:

  • Inclusivo e diversificado ao atrair as pessoas físicas;
  • Seguro pelo uso de criptografia;
  • Acessível, pois as negociações podem ser feitas de qualquer celular.

Definitivamente, o business verde está em plena expansão alcançando novos públicos e mercados, a partir da aposta em inovação. Realmente estamos diante de uma mudança de paradigma, onde a sustentabilidade modificou consciências, e o que era tendência está cada vez mais estrutural entre os diferentes setores econômicos.

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