A previsão do BCB para a emissão do Real Digital seria em meados de 2024, mas o andamento do projeto parece estar sendo mais rápido.
Como pontuado pelo Banco Central do Brasil, “o tema moeda digital de banco central (CBDC) tem chamado a atenção da comunidade global de bancos centrais.”
A maior parte dos países considera que as CBDCs podem melhorar a eficiência do mercado de pagamentos, além de “promover a competição e a inclusão financeira para a população ainda inadequadamente atendida por serviços bancários,” problema que aflige diversos cidadãos brasileiros.
Desde agosto de 2020 o BCB está organizando um grupo de trabalho para estudar a emissão do Real Digital e, como publicado anteriormente pelo Cointimes, o lançamento da CBDC brasileira está previsto para a segunda metade de 2024.
Para tanto, o LIFT Challenge foi criado e está em andamento, com a realização por parte da Fenasbac em parceria com o BCB. Esse desafio, segundo seu site, “reúne participantes do mercado interessados em desenvolver um produto minimamente viável (MVP)” com o objetivo de avaliar casos de uso do Real Digital e sua viabilidade tecnológica.
Dentre os participantes estão o Banco Santander Brasil, o Mercado Bitcoin, a Visa do Brasil, e o Itaú Unibanco.
Tudo indica que a nossa CBDC está bem encaminhada visto que, nesta semana, alguns rumores de que uma primeira versão do Real Digital seria lançada no dia 20 de outubro se espalharam pela internet.
O Real Digital pode chegar nesta semana
A informação que deu início aos rumores foi revelada por um integrante do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) para o especialista Ronaldo Lemos, da Folha de São Paulo.
Segundo Lemos, um dos membros das empresas que fazem parte do Lift revelou durante a conferência Meridian que, na próxima quinta-feira (20), além da primeira versão lançada pelo BCB, mais informações sobre o funcionamento da CBDC devem ser lançadas.
Com isso, o Banco Central do Brasil divulgou alguns detalhes sobre a tecnologia em sua página no Facebook, relatando que o real digital será uma nova forma de representação do real, que deverá manter todas as características da moeda já emitida pelo Banco Central:
“O real digital servirá de base para a criação de novos serviços financeiros e poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível – como depósito bancário convencional ou o próprio real físico.”
Lemos observou também que, mesmo que ainda de forma experimental, este é o pontapé inicial para que o Brasil tenha sua própria moeda em formato digital.
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